“A justiça dos homens é falha, mas a de Deus não falha, é justa”. Essa é a afirmação da mãe de Alexandra Maria da Silva, que foi morta por Daiana Pereira Barrozo. O crime aconteceu em 2018 e, segundo as investigações, Alexandra sofreu asfixia. Daiana morreu na noite de quarta-feira (12), afogada.
A morte de Daiana ocorreu numa casa do bairro Tabuleiro, em Matinhos, no litoral do Paraná. Ela estava na cidade com amigos numa casa alugada e, segundo os relatos de quem estava com ela, se afogou na piscina.
Segundo o boletim de ocorrência da morte, as pessoas que estavam com ela disseram que passaram o dia bebendo e saíram para comprar bebida. Ao voltarem para a casa, encontraram a mulher afogada na piscina.
Daiana chegou a ser levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Praia Grande, mas não resistiu. Além do afogamento, ela tinha também um hematoma na testa. A Polícia Civil de Matinhos investiga a morte.
CRIME COMETIDO
O crime atribuído à Daiana aconteceu na noite de Natal de 2018, no bairro Jardim das Américas, em Curitiba. A mulher foi presa logo em seguida e confessou à polícia ter matado a amiga dizendo que Alexandra tinha sofrido um “surto psicótico” e partido para cima dos filhos dela.
Passados quatro anos, a morte de Alexandra ainda não tinha um desfecho. O caso ainda estava em instrução e não tinha previsão para o julgamento de Daiana, que respondia em liberdade. Além deste crime, Daiana também respondia por quase ter matado o ex-marido.
MÃE DESABAFOU
A mãe de Alexandra, que é pastora, disse que já tinha perdoado Daiana. Apesar disso, Maria Eva Nogueira Batista comentou como recebeu a morte da mulher que tirou a vida de sua filha.
“Para ser sincera, eu posso dizer que a Justiça dos homens é falha, mas a de Deus não falha, é justa. Pode demorar, mas ela vem. Sobre a vida dela, eu lamento. Sou uma pessoa que tenho uma fé em Deus e amor pelas vidas. Ela fez isso, não tenho nenhum sentimento de ódio sobre a vida dela, simplesmente entreguei na mão de Deus. Só falei ‘senhor, a Justiça está em suas mãos’. Na pessoa dela, não tive rancor, não tive ódio, não desejei mal a ela” - disse Maria Eva, mãe de Alexandra
Maria Eva não conhecia Daiana e nem teve contato com ela, mesmo depois do crime. A pastora disse que já tinha perdoado a mulher.
“Com certeza, porque é um ser que não conhecia a luz, não conhecia Deus, não sabia o propósito da vida. Uma pessoa que estava sem direção nenhuma, como se fosse uma alma analfabeta, que não conhecia a verdade. Ela conhecia o erro, então eu entreguei nas mãos de Deus” - comentou Maria Eva, mãe de Alexandra.
Erimar Fabiano, amigo das duas mulheres, disse à Banda B que acreditava que o caso haveria justiça.
“Aos mais religiosos, talvez o desfecho seja a justiça divina ou a continuidade de a pessoa não buscar resiliência. Então o álcool e as drogas deram um fim à Daiana. Lamentamos ambas as mortes e as pessoas envolvidas deixaram familiares e pessoas de bem, com grande futuro e que continuam amigos nossos. É lamentável, mas deu um ponto final nessa história que comoveu o país” - disse Erimar Fabiano, amigo de ambas as mulheres.
Créditos: Fonte: Lucas Sarzi e Antônio Nascimento/Banda B