13/06/2023
Depressão: O que é, causas, sintomas e tem cura?

O que é Depressão?

A depressão é uma doença psiquiátrica crônica que causa oscilações de humor caracterizadas por perda de interesse, ausência de ânimo e tristeza profunda.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a doença atinge mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades no mundo. No Brasil, a estimativa é que 5,8% da população seja afetada pela doença.

Tristeza e depressão
Há uma grande diferença entre tristeza e depressão. A tristeza pode ocorrer desencadeada por algum fato do cotidiano, em que a pessoa realmente sofre com aquilo até assimilar o que está acontecendo e geralmente não dura mais do que quinze a vinte dias.

Por sua vez, a depressão se instala e se não for tratada pode piorar e passar por três estágios: leve, moderada e grave.

 A depressão em nível leve geralmente pode ser controlada sem medicamentos, sendo tratada com terapia e exercícios físicos, por exemplo.

Já os níveis moderado e grave têm o auxílio de medicamentos para amenizar os sintomas da depressão, além da terapia e outras opções para melhorar a qualidade de vida do paciente, prescritas por psicólogos e psiquiatras.

Diferença entre ansiedade e depressão
A ansiedade é marcada por inquietação, sensação de pressa, urgência. De acordo com a psicóloga Luciana Kotaka, ela pode ser um distúrbio quando ocorre em momentos que não se justificam ou quando é tão intensa ou duradoura que acaba interferindo com as atividades normais da pessoa.

Já depressão, por outro lado, é uma doença do organismo como um todo, comprometendo o físico, o humor e o pensamento, explica a especialista . Nessa condição forma de ver e sentir a realidade são alteradas, modificando as emoções, a disposição, a alimentação, sono, até mesmo como se sente em relação a si mesmo.

Essas quadros não são apostos e muitas vezes se unem.

Depressão é doença?
A depressão envolve uma ampla família de doenças, por isso é denominada como síndrome e, então, classificada como doença psiquiátrica crônica.

 

 

Há uma série de evidências que mostram alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células. Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos.

Tipos
Existem diversos tipos de distúrbios de depressão. Os mais comuns são:

Episódio depressivo
Um episódio depressivo costuma ser classificado como um período de tempo em que a pessoa apresenta uma alteração em seu comportamento. Os principais sintomas são:

Tristeza
Falta de energia
Falta de iniciativa
Falta de prazer
Alteração do sono
Alteração do apetite
Pensamento lento


Funções motoras mais lentas
Estes quadros tendem a ter uma duração mais curta, de até seis meses, sem uma intensificação dos sintomas.

Depressão profunda (Transtorno depressivo maior)
Se uma pessoa começa a ter quadros depressivos recorrentes ou mantém os sintomas de depressão por mais de seis meses com uma intensificação do quadro, pode-se considerar que ela esteja passando por uma depressão profunda (ou transtorno depressivo maior).

Normalmente, o transtorno depressivo maior é um quadro mais grave e também tem grande relação com a herança genética. Nele há uma mudança química no funcionamento do cérebro, que pode ser desencadeada por uma causa física ou emocional.

Depressão bipolar

As fases de depressão dentro do transtorno bipolar também são consideradas um subtipo de depressão. Os sintomas apresentados na fase de tristeza são os mesmos de um episódio depressivo. Já nas fases de euforia, o paciente pode apresentar sintomas como:

Agitação
Ocupação com diversas atividades
Obsessão com determinados assuntos
Aumento de impulsividade
Aumento de energia
Desatenção
Hiperatividade
Distimia
A distimia é uma forma crônica de depressão, porém, menos grave do que a forma mais conhecida da doença. Com a distimia, os sintomas de depressão podem durar um longo período de tempo — muitas vezes, dois anos ou mais.

O paciente com distimia costuma:

Perder o interesse nas atividades diárias normais
Sentir-se sem esperança
Ter baixa produtividade
Ter baixa autoestima
Sentir-se inadequado
Ser excessivamente crítico
Reclamar constantemente
Ser incapaz de se divertir
Depressão atípica
No geral, os quadros de depressão atípica costumam ser melancólicos, em que o paciente apresenta principalmente tristeza e pensamentos de morte, desesperança e inutilidade. Há ainda o predomínio de falta de energia, cansaço, aumento excessivo de sono e o humor apático.

Depressão sazonal
O maior exemplo de depressão sazonal são os episódios de tristeza relacionados ao inverno, que ocorrem devido à baixa exposição à luz solar.

Existem outros tipos de depressões sazonais, ligadas às épocas do ano. Por exemplo, durante as festas de final de ano em que os níveis de estresse acabam aumentando devido a pensamentos de promessas não cumpridas durante o ano e ansiedade por um novo período a vir.

Fique atento com períodos de tristeza e de desânimo que acontecem em épocas específicas - sempre que está frio ou sempre próximo de uma data, por exemplo.

 
Depressão pós-parto
A depressão pós-parto ocorre logo após o nascimento do bebê, em que os sintomas incluem tristeza e desesperança. Muitas novas mães experimentam alterações de humor e crises de choro após o parto, que se desvanecem rapidamente. Essas mudanças de humor acontecem principalmente devido às alterações hormonais decorrentes do término da gravidez. No entanto, algumas mães experimentam esses sintomas com mais intensidade, dando origem à depressão pós-parto.

Depressão psicótica
A depressão psicótica alia os sintomas de tristeza a outros menos típicos, como delírios e alucinações. Este é considerado um tipo de depressão grave, mas costuma ser raro. No entanto, qualquer pessoa pode desenvolvê-lo e não só quem tem histórico de psicopatia na família.

Depressão na adolescência
A depressão na adolescência é caracterizada pelos mesmos sintomas da depressão profunda. A única e importante diferença é que normalmente, no lugar da tristeza, costumam apresentar irritabilidade.

 
No Brasil, cerca de 20% dos adolescentes entre 14 e 15 anos apresentavam depressão leve a moderada; e quase 9%, depressão grave. Já entre os jovens de 16 e 17 anos o número de depressão grave aumenta (17,1%). E 13,5% têm depressão leve a moderada.

A depressão grave costuma ser mais comum em adolescentes com ansiedade, abuso de drogas, além de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

Muitos pais acham que certas atitudes podem ser rebeldia e não sintomas de depressão na adolescência, como resistência em fazer tarefas, dificuldade em estudar e permanência excessiva no quarto.

 
É recomendável que a família procure orientação psiquiátrica para que seja feito um diagnóstico preciso sobre o adolescente e a possibilidade de depressão.

Se seu filho ou filha adolescente apresenta depressão, especialistas indicam aos pais para se manterem abertos a conversas e interessados em saber do dia a dia dele ou dela.

Depressão infantil
A depressão infantil é bastante semelhante à depressão na adolescência, tendo como sintomas mais comuns a irritabilidade, perda de interesse, mau humor, tristeza e isolamento.

Além dos fatores também comuns a adultos que podem levar à depressão, crianças também apresentam algumas outras causas que potencializam a doença:

Sofrer maus tratos domésticos
Ser vítima de bullying
Pertencer a minorias sexuais
Ser rejeitado por algum familiar ou amigo
Contudo, pesquisas mostram que muitas crianças que tendem a praticar bullying também sofrem de depressão; e que uma relação afetiva calorosa com os pais diminui drasticamente à predisposição à doença.

Os pais ou responsáveis devem procurar um médico psiquiátrico quando a criança apresentar principalmente:

Tristeza profunda ou prolongada
Desânimo persistente
Dificuldade para realizar atividades que gostava antes
Alterações de apetite e sono
Frases muito pessimistas

Dificuldade de concentração e atenção
Ao desconfiar de que há algo de diferente com a criança, procure um médico.

Depressão na menopausa

A depressão na menopausa nem sempre é associada à tristeza, choro compulsivo e desinteresse. Isso porque, nesta fase da vida da mulher, o transtorno depressivo costuma causar irritabilidade, cansaço, desamparo ou até mesmo por meio de outras doenças, como vaginite, gripe, herpes, gastrite e cefaleia.

Mulheres entre 35 e 50 anos, portanto, têm mais riscos de apresentarem depressão devido ao período de grandes alterações hormonais devido à chegada da menopausa. Essas mudanças podem ocasionar abalos emocionais e físicos, resultando na doença.

Vale ressaltar que a chamada "transição menopausal" é dividida em:

Perimenopausa: declínio da função ovariana até um ano após a menopausa
Menopausa: término da atividade ovulatória folicular e um ano de amenorréia, ou seja, sem menstruar
Pós-menopausa: a partir de um ano sem menstruar


Além das alterações hormonais, há outros fatores específicos em mulheres que podem desencadear uma depressão, como: 

Relacionamento conjugal desgastado ou rompido
Apego excessivo na criação dos filhos
Histórico de depressão ou outros transtornos psiquiátricos na família
Doenças clínicas
Baixa condição socioeconômica
Baixa escolaridade
Perda precoce dos pais


Depressão gestacional
A depressão gestacional é realidade a mais de 70% das mulheres, que apresentam queixas de depressão durante a gravidez.

Mulheres em idade fértil (considerada hoje entre 10 e 49 anos de idade) têm duas vezes mais chances de terem episódio de depressão do que homens.

Ainda, cerca de 25% das mães que tiveram depressão pós-parto apresentavam sintomas de depressão gestacional. Afinal, variações hormonais e estresses por conta da mudança no corpo, junto a preocupações excessivas com o fato de colocar uma criança ao mundo, podem implicar em uma maior probabilidade de transtornos mentais, como a depressão.

A depressão gestacional pode causar sintomas como insônia, ausência de apetite ou apetite excessivo, enjoo e fadiga. Esses sintomas são comuns à qualquer gestação e, portanto, vistos com normalidade — o que pode dificultar o diagnóstico da depressão na gravidez.

O tratamento correto, com acompanhamento médico, é essencial para a boa saúde da mãe e do bebê.

Sintomas
A pessoa com depressão pode apresentar dois ou mais dos seguintes sintomas abaixo. Ao perceber os sintomas, procure um médico. Não tenha medo ou vergonha de expressar o que realmente está sentindo e vivenciando, pois esses profissionais irão se basear nestes dados para prescreverem o melhor tratamento e, a partir daí, você voltará a ter qualidade de vida, com alegria e bem-estar.

Quando a raiva e a irritação são sinais de depressão?

Emocionais
Apatia
Falta de motivação
Medos que antes não existiam
Dificuldade de concentração
Perda ou aumento de apetite
Alto grau de pessimismo
Indecisão
Insegurança
Insônia
Falta de vontade de fazer atividades antes prazerosas
Sensação de vazio
Irritabilidade
Raciocínio mais lento
Esquecimento
Ansiedade
Angústia
Vontade de morrer

Físicos
Além dos sintomas emocionais, a depressão também dá sinais físicos, como: 

Dores de barriga
Má digestão
Azia
Constipação
Flatulência
Tensão na nuca e nos ombros
Dores de cabeça
Dores no corpo
Pressão no peito
Queda da imunidade


Diagnóstico
Como identificar a depressão
É comum que as pessoas tenham a dúvida sobre como saber que possuem depressão. Para saber a resposta disso, é recomendada a procura por um profissional especializado. O diagnóstico é feito com base nos sintomas apresentados, em como a pessoa se apresenta fisicamente e emocionalmente no momento e em uma breve análise do seu histórico de vida e familiar.

Além disso, a depressão é classificada de acordo com a sua intensidade — leve, moderada ou grave. Portanto, o especialista precisa fazer uma avaliação para entender que condições te levam a ter depressão e como amenizá-la.

Fatores de risco
Alguns fatores podem facilitar o aparecimento dessa patologia. Veja aqui os gatilhos mais comuns da depressão:

Abuso: sofrer abuso físico, sexual ou emocional pode aumentar a vulnerabilidade psicológica, agravando as chances de desenvolver a depressão.
Medicações específicas: alguns elementos químicos, como a Isotretinoína (usada para tratar a acne), o antiviral interferon alfa, e o uso de corticóides, podem aumentar o risco de desenvolver depressão.
Conflitos: a depressão em alguém que já tem predisposição genética para a doença, pode ser resultado de conflitos pessoais ou disputas com membros da família e amigos.
Morte ou perda: a tristeza ou luto proveniente da morte ou perda de uma pessoa amada, por mais que natural, pode aumentar os riscos de desenvolver depressão
Genética: um histórico familiar de depressão pode aumentar as chances de desenvolver a doença. Contudo, é de conhecimento científico que a depressão é complexa, o que significa que pode haver diversos genes que exercem pequenos efeitos para o surgimento da doença, ao invés de um único gene que contribui para o quadro clínico.
Eventos grandiosos: eventos negativos, como ficar desempregado, divorciar-se ou se aposentar, podem ser prejudiciais. Porém, até mesmo eventos positivos, como começar um novo emprego, formar-se ou se casar, podem ocasionar a depressão. Entretanto, é importante reiterar que a depressão não é apenas uma simples resposta frente a momentos estressantes do cotidiano, mas algo mais persistente.
Problemas pessoais: problemas como o isolamento, causado por doenças mentais, ou por ser expulso da família e de grupos sociais, também podem contribuir para o surgimento da depressão, assim como baixa autoestima.
Doenças graves: às vezes, a depressão pode coexistir com uma grande doença, como por exemplo, o câncer. Ou, então, pode ser estimulada pelo surgimento de um problema de saúde.
Abuso de substâncias: aproximadamente 30% das pessoas com vícios em substâncias apresentam depressão clínica ou profunda, como álcool, cigarro, remédios e drogas ilícitas.


Exames
Para excluir a possibilidade de doenças físicas, podem ser pedidos exames como:

Exame físico durante a consulta
Exame de sangue
Exames neurológicos


Na consulta médica
Especialistas que podem diagnosticar a depressão são:

Clínico geral
Psiquiatra
Psicólogo
Buscando ajuda médica
É perfeitamente normal sentir-se triste, chateado ou infeliz com situações estressantes da vida. Contudo, pessoas com depressão experimentam essas sensações constantemente durante por anos. Isso pode interferir nos relacionamentos, trabalho e atividades diárias.

Se você apresenta os sintomas de depressão e acredita que isso esteja atrapalhando suas atividades e modo de vida, busque ajuda. Se não tratada efetivamente, a depressão pode progredir para algo mais grave, como as tentativas de suicídio.

Desabafo em total sigilo
Se você tem percebido alguns sintomas de depressão, também pode buscar ajuda com o CVV – Centro de Valorização da Vida.

Através do telefone 188 você pode conversar em completo sigilo, tendo apoio emocional por voluntários da entidade.

Se preferir, pode desabafar diretamente pelo chat ou preenchendo um formulário do site.

Tratamento
Psicoterapia
A terapia com um psicólogo pode ajudar o paciente a entender os fatores do dia a dia que desencadeiam a depressão, reduzir seus sintomas e trabalhar os eventos que o levaram a desenvolver este problema. Algumas abordagens são mais recomendadas, como:

Psicanálise freudiana: o autoconhecimento é a chave desse tipo de psicanálise, baseada no pensamento de Freud. A psicanálise freudiana foca no inconsciente e traz seus problemas para o consciente.

Psicanálise junguiana: ela leva em consideração o inconsciente, o que é reprimido e passa a tratá-lo através de símbolos, imagens oníricas, usando os sonhos como método de análise.

Exercícios
Muitas pessoas procuram alternativas para acabar com os sintomas da depressão. Uma forma de ajudar no tratamento é inserir a prática de exercícios físicos na rotina.

Psicanálise lacaniana: nessa abordagem, há associação livre de palavras e é através da linguagem que chegamos ao núcleo do ser.

Um estudo realizado pelo Centro Médico de Southwestern, na Universidade do Texas (EUA), descobriu que a prática de exercícios aeróbicos regulares pode reduzir os sintomas de depressão pela metade. De acordo com a pesquisa, o grupo que praticou exercícios aeróbicos cinco vezes por semana reduziu os sintomas em 47% após três meses de treinos. Já o grupo que se exercitava três vezes por semana melhorou seus sintomas em 30%.

Gestalt: é considerada uma terapia holística, justamente por levar em conta o todo das situações. A atividade física proporciona distração e convívio social, além de liberar substâncias como endorfina e serotonina, responsáveis por melhorar o humor.

Praticar esportes, seja de curta ou longa duração, causa bem-estar mental e melhora psicológica na maioria das pessoas. Bastam 15 a 30 minutos de exercícios em dias alternados para sentir os efeitos positivos.

Terapia cognitivo-comportamental: mais conhecida como TCC, ela se foca em problemas específicos e na melhor forma de saná-los.

Medicamentos
Remédios para depressão
Os medicamentos mais usados para o tratamento de depressão são:

Amitriptilina
Ansitec
Cinarzina
Citalopram
Clomipramina
Clonazepam
Daforin
Donaren
Dual
Escitalopram
Exodus
Fluoxetina
Lexapro
Lorax
Lorazepam
Mirtazapina
Paroxetina
Rivotril
Cloridrato de sertralina
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e nunca se automedique.

Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.

Efeitos de antidepressivos
Os antidepressivos somente devem ser consumidos com prescrição médica. Afinal, tais medicamentos, se ingeridos sem orientação profissional, podem resultar em uma série de efeitos colaterais que prejudicam a saúde física e mental.

Diante disso, o psiquiatra e psicoterapeuta Fernando Portela Câmara, da Associação Brasileira de Psiquiatria recomenda:

Nunca aumente ou diminua a dose por conta própria
Nunca tente ingerir um antidepressivo não prescrito por médicos
Nunca combine antidepressivos com outros remédios sem orientação médica
Nunca misture com bebidas alcoólicas
Nunca corte o uso de antidepressivos de repentinamente


Ingerir incorretamente antidepressivos pode:

Danificar o cérebro
Causar dependência química
Alterar a personalidade
Aumentar a sonolência
Reduzir a consciência
Diminuir a libido e afetar relações sexuais
Elevar os sintomas da depressão


Benefícios dos antidepressivos
Se você consultou um médico e ele te receitou um antidepressivo, saiba que seguir as orientações profissionais junto ao remédio podem, de fato, combater a depressão.

Assim, os principais benefícios do uso de antidepressivos com orientação médica são:

Reduzem e até eliminam sintomas da depressão
Podem ser combinados com dieta e exercícios físicos
Diminuem riscos de doenças cardíacas


Tem cura?
Desde que tenha sido realizado um diagnóstico correto que leve em consideração todos os fatores envolvidos, o que se pode esperar é uma melhora total do quadro depressivo.

Com os métodos de tratamento atuais, e principalmente com os fármacos de ultima geração, o prognóstico é realmente muito bom e pode, sim, afastar o paciente da depressão.

Cuidados
Como ajudar alguém com depressão


Converse com a pessoa prestando total atenção às palavras, valorizando os sentimentos dela sem julgá-los.
Não insinue que a pessoa é fraca por estar com depressão.
Pesquise sobre a doença, entenda o que é o transtorno.
Tenha paciência com o discurso do paciente, que é sempre bem pessimista.
Não a questione tanto. Mostre que você está ali para os momentos difíceis.
Não a force a situações que você supostamente acha que a deixarão mais animada. Isso pode alavancar outros sintomas, como ansiedade, maior tristeza e até pânico.


Prevenção
Como prevenir
A prevenção da depressão pode ser feita

Praticar exercícios físicos
Realizar técnicas de relaxamento, como meditação e yoga
Ter uma agenda para programar suas atividades
Ter uma boa qualidade de sono
Fazer atividades de lazer, que você se sinta feliz
Manter uma alimentação saudável e equilibrada
Manter as vacinações em dia
Prevenir-se de outras doenças
Estar sempre hidratado


Convivendo (Prognóstico)
Além de seguir o tratamento à risca, alguns cuidados caseiros podem ajudar na recuperação de quem sofre com depressão:

12 alimentos para controlar a depressão
Leite e iogurte desnatado
Frutas
Laranja e maçã
Banana e abacate
Mel
Ovos
Carboidratos complexos
Carnes magras e peixes
Aveia e centeio
Folhas verdes
Soja


Como evitar recaídas
Para evitar recaídas. mantenha um bom vínculo de confiança com o médico psiquiatra, tendo uma comunicação aberta sobre o que sente e o que pensa.

Além disso, evite o "troca-troca" constante de médicos, justamente para que se sinta à vontade o bastante com um profissional específico. Porém, não evite trocar caso não se sinta nada confortável.

Outros hábitos podem ajudar nesse processo, como: 

Não se automedique ou interrompa o uso de antidepressivos
Não suspenda o medicamento por se sentir "curado". Sempre consulte seu médico
Evite ingerir bebidas alcoólicas, cigarros e outras drogas, lícitas ou ilícitas
Não aumente ou reduza a dosagem adequada recomendada pelo médico sem orientação prévia
Pense que a depressão é uma doença mental e que pode ser tratada!
Mantenha o tratamento, seja com medicamentos, exercícios e outros métodos alternativos, conforme o tempo determinado pelo seu médico
Saiba que, mesmo ao se sentir melhor, o médico pode recomendar doses de continuação, que te ajudarão a evitar recaídas
Evite o excesso de cafeína


Complicações possíveis
Pessoas depressivas há muito tempo e sem tratamento podem ter uma série de problemas como:

Baixas no sistema imunológico
Aumento dos processos inflamatórios
Cansaço extremo
Fraqueza
Insônia (ou sono de má qualidade)
Dificuldade para se concentrar
Problemas ou disfunções sexuais
Problemas digestivos
Isolamento social
Suícidio
Abuso de substâncias.


Suicídio e depressão
O suicídio e depressão são muito relacionados. Contudo, nem todas as pessoas que apresentam um transtorno depressivo têm o risco de cometer suicídio. Geralmente, a pessoa manda uma série de sinais através do comportamento, mas que nem sempre são percebidos ou, então, não são levados a sério.

Qualquer pessoa que tenha um agravamento muito severo de um quadro depressivo, a ponto de não querer mais viver (mesmo que não mencione se matar), é um candidato em potencial ao suicídio.

A depressão é uma doença multicausal e bastante complexa. Vários são os fatores que podem agravá-la a ponto de levar uma pessoa a tirar a própria vida:

Dificuldade ou recusa em buscar ajuda ou tratamento: a doença vai tendo uma evolução progressiva, levando o indivíduo à total falta de energia e vontade de viver.
Doenças orgânicas: Parkinson, doenças reumáticas, câncer, entre outras doenças, podem produzir como consequências físicas e psíquicas um estado depressivo muito intenso.
Situações de perda muito intensas: Estes acontecimentos costumam produzir uma verdadeira ruptura de valores do indivíduo. É como se ele perdesse (ou fosse perder) tudo que significa ou dá sentido a sua vida. Não tendo outros valores para continuar vivendo, tenta tirar sua própria vida.
Nessa situação, falar que "quer morrer" deve ser levado a sério, pois muitos que ameaçam o suicídio realmente fazem a tentativa por estarem cansados de viver e sofrer com a depressão.

 

 

 

Créditos: minhavida.com.br Imagem: Reprodução internet ilustrativa

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