O preço do arroz no Paraná subiu cerca de 38% entre maio de 2023 e maio de 2024. A informação é do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral) que acredita que o cereal pode subir ainda mais mesmo com manobras feitas pelo governo federal.
Em nível nacional, a alta no preço do produto foi de 25,46%, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Atualmente o estado paranaense é responsável por apenas 1,5% da produção nacional. Pela previsão do Deral, o estado deve colher 127 mil toneladas de arroz, número 17% menor em relação à produção viabilizada em 2023, quando o estado registrou 153 mil toneladas do cereal.
No país, o maior produtor é o Rio Grande do Sul, afetado por enchentes há um mês. Apesar do cenário, a safra deste ano deve ser de 7,1 milhões de toneladas no estado, número próximo ao registrado em 2023, de 7,2 milhões de toneladas, de acordo com o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
O engenheiro agrônomo do Deral, Hugo Carlos Godinho, afirma que a alta no preço do cereal no Paraná é reflexo da tragédia no estado gaúcho, mas que os valores cobrados em todo o Brasil não condizem com a realidade.
Para tentar diminuir o preço do arroz a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), realiza o primeiro leilão para compra de até 300 mil toneladas de arroz importado. O governo federal alega que a decisão foi tomada diante do alto volume de chuvas no Rio Grande do Sul, que afetou a produção gaúcha.
Mas para o engenheiro agrônomo, a decisão pode ter efeito contrário nesse primeiro momento.
Conforme o edital que determinou as regras do leilão, após a compra, o preço do produto será tabelado e o pacote terá o rótulo do governo. O quilo será vendido por R$ 4 e o arroz deve chegar ao consumidor até setembro.
Créditos: Band News FM (Foto: Governo Federal)