16/07/2019
Mulher é presa por engano no lugar de outra

A paraguaia Griselda Diana Cáceres Martínez, que vive há sete anos em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, foi presa por engano no lugar de uma mulher com o mesmo nome, em uma rodovia a cerca de 70 quilômetros da fronteira.

Segundo ela, no momento em que os policiais digitaram o número do documento de identificação no banco de dados da polícia começou o engano.

"Quando eu desci do carro, eles já começaram a falar para mim que eu ia ser levada para a delegacia porque eu tinha um mandado de prisão por homicídio doloso. Eu não acreditei quando eles falaram porque não tinha nada a ver comigo", contou ela.

 

 

Depois da abordagem na rodovia, Griselda foi levada para a sede da Polícia Nacional. Foram necessárias 12 horas até que se comprovasse que ela não era a mulher condenada por um homicídio.

Griselda contou ainda que os policiais chegaram a mostrar uma notícia de um site paraguaio em que uma mulher, que tem o mesmo nome dela, matou o irmão com uma barra de ferro.

"Queriam fazer eu duvidar da minha palavra. Perguntavam se eu tinha certeza que não era eu e se eu não conhecia o homem morto", relatou ela.

 

 

Após o ocorrido, Griselda decidiu gravar um vídeo denunciando a prisão irregular.

Para o advogado dela, mesmo com a confirmação de que se tratavam de pessoas diferentes, a polícia manteve a detenção.

"Muitas vezes nós nos deparamos com o descaso por parte do poder publico e isso ocorre em qualquer lugar do mundo. Ela tentou dar a sua versão e foi alvo de descredito das pessoas", explicou o advogado João Leopoldo Siqueira.

G1 tentou contato com o Ministério da Justiça de Boquerón, no Paraguai, onde está o processo que envolve a mulher condenada, mas não obteve resposta.

Créditos: G1 PR Oeste e Sudoeste

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