Segundo a mãe, Elizandra Chimenes Barbosa, 37 anos, durante um ultrassom, no acompanhamento do pré-natal, o médico disse que o menino poderia ser grande, mas ela não imaginou que seria tanto. Todo o enxoval foi preparado em tamanho padrão para recém-nascido e muitas roupas foram perdidas sem sequer serem usadas.
"A maioria das roupas e fraldas não serviram, tivemos que providenciar roupas maiores. Meus dois filhos mais velhos nasceram com o peso normal", contou a mãe.
Mãe de três filhos, Elizandra conta que a gestação inspirou cuidados e ela precisou ficar de repouso nos primeiros meses por conta do risco de aborto e, depois, conforme a barriga foi crescendo, ela passou a sentir muitas dores causadas pelo peso, o que também a limitou e a fez permanecer em repouso.
O pai da criança, Luan de Souza Costa, também ficou surpreso ao ver o filho pela primeira vez, além de emocionado. "Nossa família também ficou surpresa, minha família toda é alta, mas ninguém imaginava que o Arthur nasceria com 59 cm", comentou.
Arthur nasceu com 38 semanas, de parto cesárea, e apesar de grande, está saudável, mas receberá acompanhamento médico para impedir que ele desenvolva diabetes na fase adulta.
Médico ginecologista e obstetra, Edgar Montiel, explica que a condição que leva ao ganho de peso do bebê é denominada macrossomia fetal, caracterizada pelo excesso de peso em recém-nascidos.
"O diabetes mellittus é um dos fatores associados à macrossomia fetal que também podem incluir genética, duração da gestação e presença de diabetes gestacional", explicou o especialista.
Arthur nasceu com 38 semanas, e apesar de grande, está saudável, mas receberá acompanhamento médico para impedir que ele desenvolva diabetes na fase adulta.
Recém-nascidos com mais de 4 quilos são considerados macrossômicos. Esses bebês merecem atenção na maternidade e precisam de monitoramento frequente nas primeiras horas de vida, já que podem ter hipoglicemia, que é uma queda de açúcar no sangue. E o risco vai além: obesidade infantil, desenvolvimento de hipertensão arterial e diabetes, além de doenças vasculares crônicas podem surgir a médio e longo prazo em bebês que nascem grandes demais.
"O parto da paciente foi cesárea e nesse primeiro momento há necessidade do pediatra monitorar os quadros hiperglicêmicos para impedir que ele desenvolva diabetes na fase adulta", afirmou o médico.
É o segundo bebê que nasce este ano, com o peso maior que a média, na maternidade do Hospital Regional de Ponta Porã. Em fevereiro nasceu Rafael Gomes Gonçalves pesando 5.720 kg.
Créditos: Portal Tri com informações do Correio do Estado - Fotos:Ponta Porã Informa