20/12/2019
Crianças falando errado pode ser um problema de saúde

A parte mais gostosa da infância é a descoberta. E neste período são muitas as descobertas que acompanham a vida de uma criança em pleno desenvolvimento. Seja elas quando a criança começa a andar, a comer, a falar, a descobrir os movimentos e as partes do seu corpo. Mas, focado na fala, até quando é normal uma criança ter dificuldade para falar alguns fonemas?

De acordo com a fonoaudióloga Alice Medeiros, existe um padrão de palavras que as crianças falam conforme a idade. Alguns sons são mais desafiadores e difíceis de serem produzidos do que outros, por isso é normal a criança começar falando errado, e com o tempo evoluir para a pronúncia correta.

A profissional explica ainda que o importante é saber que até os quatro anos as pronúncias mais desafiadoras precisam sair.  A dica da fonoaudióloga é: na hora de corrigir, não repita a palavra errada, fale apenas a palavra corretamente.

Expectativas de desenvolvimento

 

 

 

  • Antes dos 12 meses os bebês produzem sons por prazer, sem intenção comunicativa;
  • Dos 12 aos 18 meses os bebês começam a falar as primeiras palavras;
  • Dos 18 aos 24 meses eles falam de 50 a 100 palavras. É um momento intenso de aprendizado;
  • Aos 2 anos começa a dizer frases simples, como: quero água;
  • Aos 4 anos eles já falam sentenças completas, como: mamãe, eu quero água.

 

Crianças falando errado pode ser um problema de saúde

 

As causas do falar errado

Falar errado pode ter a ver com deficiência auditiva, flacidez muscular, distúrbios neurológicos, emocionais e autismo.

Flacidez muscular: tônus muscular é uma parte importante para a fala correta. Ele começa a ser desenvolvido na amamentação. A introdução alimentar também é importante – invista em papinhas amassadas no garfo. Uso prolongado de chupeta, mamadeira com furo maior, problemas respiratórios favorecem a flacidez.

Deficiência auditiva: problemas auditivos vão desde os mais simples, como otite, até os mais graves, como surdez profunda. A deficiência pode estar tanto na acuidade do som (perda auditiva), quanto na percepção auditiva (processamento da informação).

O que mais preocupa é a falta de desenvolvimento da linguagem. Isso pode estar relacionado à problemas neurológicos, autismo e questões emocionais.

A criação dos filhos é sempre um momento de tensão em diversos fatores. Entretanto, a psicóloga Ana Murata explica que é preciso entender que as crianças estão em constantes desenvolvimentos. “Nenhuma criança é igual a outra, elas possuem o tempo delas, para cada fase de desenvolvimento e também para cada atividade”.

Além disto, ela complementa dizendo que nem sempre um prazo mais longo para andar, falar, comer e etc, significam um quadro de doença. “Por isto, todo e qualquer motivo de dúvidas devem ser procuradas orientações médicas, entretanto, é preciso em casa observar diversos fatores, e dar tempo para que as crianças desenvolvam suas habilidades”, finaliza.

Nestes casos, a equipe do IASD News informa: em situações de dúvida, procure orientação médica. Além disto, desenvolva o hábito de falar palavras completas, sem gírias, com pronúncias mais formais, afinal, a criança fala o que ela escuta.

 

Créditos: Editorial IASD News

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