20/01/2020
Paraná bloqueia fronteira para inibir entrada de foragidos do Paraguai

A Secretaria da Segurança Pública determinou às polícias Militar e Civil o bloqueio das entradas ao Estado do Paraná, nas faixas de fronteira, em especial na costa oeste, sejam elas por terra (rodovias e matas) ou rios, além de patrulhamento aéreo. A atuação policial também conta com ações de inteligência, bloqueios, congelamento, abordagens policiais, entre outras, com o auxílio de helicóptero, embarcações, viaturas, motocicletas e cães.

“As forças policiais estão desdobradas no terreno fronteiriço, e outras regiões, com o objetivo de identificar e prender os foragidos do Presídio Pedro Juan Caballero, do Paraguai, mas, principalmente, para trazer segurança e proteção ao cidadão de bem que precisa trabalhar, estudar, e ter seu lazer nessas regiões que podem ser usadas como esconderijo para estes foragidos”, disse o secretário da Segurança Pública, coronel Romulo Marinho Soares, que enfatizou ainda que a determinação é do governador Carlos Massa Ratinho Junior.

“Imediatamente após a prisão de qualquer um desses foragidos do Paraguai, se for encontrado no Paraná, seja na fronteira ou em qualquer outra região, será solicitado encaminhamento dele para presídio federal de segurança máxima, pois aqui nós trabalhamos para proteger e cuidar das pessoas de bem”, explicou o secretário coronel Marinho.

“Estamos ainda trabalhando com uma integração muito forte com o Exército Brasileiro e com as Polícias Rodoviária Federal e Polícia Federal. Acreditamos que atuando de forma conjunta teremos mais êxito no combate ao crime organizado e na recaptura destes foragidos”, completou. As atividades serão integradas com outras forças municipais e federais.

POLÍCIA MILITAR - Além do policiamento preventivo e ostensivo já existente feito pela Polícia Militar, bem como ações de inteligência, a Secretaria da Segurança Pública está ampliando as ações por meio de barreiras e bloqueios policiais, que permitem identificação e abordagem de pessoas, como uma malha de recobrimento para complementar as atividades regulares.

Na região Oeste os quatro batalhões de área estão empenhados neste reforço, são eles: Foz do Iguaçu (14º Batalhão), Toledo (19º Batalhão), Pato Branco (3º Batalhão) e Francisco Beltrão (21º Batalhão). “Cada uma dessas unidades atende diversas cidades, recobrindo toda a região de fronteira com Paraguai, Argentina, e também Mato Grosso do Sul”, ressaltou o Subcomandante-geral da Polícia Militar, coronel Antônio Carlos de Moraes.

 

 

Além dessas unidades, o Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron) está aplicando o Pelotão Cobra com embarcação nos rios desde o anúncio da fuga. “Pelos rios existem muitas saídas por meio de portos clandestinos, por isso estamos atuando fortemente nestas áreas, locais onde costumeiramente pessoas passam tentando levar armas, drogas e outros produtos ilegais”, descreveu o coronel.

O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) já enviou neste domingo (19/01) o Comandos e Operações Especiais (COE), para iniciar oos trabalhos. Hoje estão sendo enviados a Rondas Ostensivas de Natureza Especial (RONE) e a Companhia de Choque (CiaPChoque) para recobrimento de patrulhamento e de operações.

“O diferencial é a formação dos militares estaduais, os quais estão preparados para atuar em situações de crise. Os policiais do BPFron recebem doutrinas especiais para operações aquáticas e aéreas. As técnicas permitem aos policiais militares operar em locais de difícil acesso e com a possibilidade de neutralizar ações de alto risco por parte de traficantes,  contrabandistas e outros marginais”, afirmou coronel Antônio Carlos de Moraes

POLÍCIA CIVIL - As ações de inteligência policial também estão sendo ampliadas pela Polícia Civil, por meio da troca de informações integrada com o Departamento de Inteligência do Paraná e outras forças da região de fronteira. “O objetivo é somar-se a equipes regulares que também atuam fortemente no combate ao crime organizado, impedindo a entrada de drogas, armas e facções criminosas no Estado”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Jacob Rockembach.

O helicóptero do Grupamento de Operações Aéreas (GOA)  sobrevoa as áreas de balneários da região Costa Oeste. Além da aeronave, equipes de operações especiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e do Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre) reforçam o trabalho de segurança pública que está sendo realizado na fronteira. 

“A Polícia Civil utiliza toda sua expertise tecnológica, de inteligência, de investigação, tática e operacional para reprimir atividades ilícitas na fronteira do Estado com países vizinhos”, explicou o delegado-geral.

A Polícia Civil também é responsável pela investigação de situações de crime “e está usando a inteligência para identificar, inclusive pessoas que possam estar ligadas com estes foragidos.”

DEPEN - Além das ações policiais, o Departamento Penitenciário do Paraná, caso haja identificação e prisão de algum foragido, vai contribuir nas tratativas para os encaminhamentos previstos. “Vamos imediatamente solicitar a implantação destes presos em presídio federal, conforme anunciado pelo Ministro Sérgio Moro”, disse assessor jurídico do Depen, Renan Ferreira./

Créditos: Redação Tarobá News - Foto:Reprodução internet

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