Atualizado em 09/04/2020
Mãe e padrasto confessam morte brutal do menino Alexander de três anos

A Polícia Civil confirmou na tarde desta quarta-feira (08), que a morte do menino Alexander de três anos, ocorrido no último domingo (05), no interior de Bom Jesus do Sul, se deu em decorrência de agressões e não de acidente, contrariando a versão inicial relatada pelo casal Fernanda Vasquez e Paulo Alves.
Em interrogatório, o padrasto confessou ter agredido o menino em várias situações e que a mãe sabia das agressões. O delegado que conduz o caso, Dr. Emerson Ferreira, conversou com nossa equipe de reportagem e informou que o menino recentemente havia sido atendido em uma unidade de saúde com alguns hematomas. Segundo o delegado a mãe teria relatado em interrogatório que nunca saiu de casa com medo de ameaças do marido, mas sabia que o mesmo agredia o seu filho. Tal omissão, para o delegado também incrimina a mãe. Fernanda relatou no interrogatório que estava cozinhando pelo lado de fora da residência, quando ouviu um barulho semelhante três golpes contra a parede, entrou na casa e viu que a criança estava chorando, Paulo, o padrasto, disse que havia batido no menino, mas não revelou a maneira. Indagado pelos policiais, Paulo confirmou ter golpeado com três a quatro socos o estômago, dando golpes também no lado esquerdo. Tal versão dada pelo padrasto confere, segundo a polícia, com o laudo da necrópsia feito pela perícia.

 


O laudo
O relatório da criminalística, segundo Emerson Ferreira aponta que a criança apresentava ruptura do rim esquerdo, lesão no pulmão esquerdo e fígado esquerdo obturado, sendo a causa da morte do menino dada como sendo hemorragia aguda interna.
Agressões pelo ato de pedir comida
Paulo teria declarado, que o motivo das constantes agressões seria principalmente por alimento e um dos alimentos preferidos do menino era o revirado argentino.
De acordo com o Delegado Ferreira, Fernanda fugiu da Argentina, pois, segundo ela sofria constantes agressões familiares.

Velório rápido e com poucas pessoas
A família paterna e materna residente na Argentina não pode comparecer, pois as fronteiras do país estão fechadas na quarentena contra o Coronavirus, sendo a cerimônia fúnebre acompanhada apenas por agentes funerários, conselheiros tutelares e alguns funcionários públicos.
Prisão temporária decretada
O delegado informou que o pedido de prisão temporária dos dois foi deferido pela justiça da comarca e as investigações irão apurar os demais fatos e ao final do inquérito, o casal poderá ser indiciado por homicídio qualificado pela tortura ou tortura qualificada pela morte.

Créditos: Reportagem de Antonio Mendonça e Marco Engel/ Portal Tri - Foto:Reprodução

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