Uma doença que matou milhares de pessoas, sem medicamentos específicos para o tratamento e com uma vacina ainda incerta. Antes de serem associadas ao novo coronavírus, o mundo já tinha experimentado essas características em outra patologia: o Ebola.
Com a confirmação nesta segunda-feira(01), de um novo surto no Congo, a doença, que já era uma preocupação das organizações mundiais de saúde, volta para o radar e agrava as condições sanitárias em países da África Subsariana.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o agente da doença é um vírus da família Filoviridae, do gênero Ebolavirus, descoberto em 1976, após surtos no Sudão e no território do Zaire, hoje a República Democrática do Congo. São cinco subespécies de vírus Ebola, das quais quatro afetam humanos, com maior letalidade, o Zaire Ebolavirus.
Sintomas- A doença viral apresenta sinais iniciais que podem incluir febre, fraqueza muscular e dor de garganta. A medida que vai evoluindo, os sintomas apresentados são mais graves como diarreia, vômitos e sangramento interno e externo, com interrupção do funcionamento dos órgãos.
Uma das maiores preocupações é porque a taxa de letalidade gira em torno dos 50%, mas, dependendo do surto, pode chegar causar a morte de 90% dos infectados. As ocorrências de casos acontece, em sua maioria, em vilarejos remotos nas regiões da África Central e Subsariana. Entre 2014 a 2016, o continente passou pelo mais complexo e profundo surto da doença. Em 2014, Libéria, Serra Leoa e Guiné, na África Ocidental, concentravam o maior número de casos. Entretanto, no período, Espanha e Estados Unidos também já tiveram confirmações.
Transmissão- A transmissão pode acontecer tanto de humanos como de animais. O vírus é contraído por meio do contato com sangue, secreções ou outros fluídos corporais, como fezes, urina, saliva, leite materno e sêmen de infectados, além do contato com superfícies e objetos contaminados.
Em algumas áreas, a infecção se deve ao contato com chimpanzés, gorilas, morcegos frutívoros, macacos, antílopes selvagens e porcos-espinhos contaminados encontrados mortos ou doentes na floresta tropical. Enterros também podem transmitir o vírus, isso porque mesmo após a morte, o corpo pode contaminar outras pessoas.
Créditos: O Povo Online- (Foto: Reprodução)