A quantidade de mortes causadas pelo novo coronavírus cresce em um ritmo acelerado no Brasil, mas há quem ainda tente minimizar o impacto da doença, adotando uma posição que tem como expoente mais notório o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Hoje, entretanto, a Covid-19 é a enfermidade que mais tira a vida de pessoas no Brasil.
De acordo com os números atualizados nessa segunda-feira(29), o Brasil ultrapassa 1,3 milhão de infectados e tem 57.622 mortes.
Os indicadores divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde são maiores do que as médias diárias das principais doenças que mais matam no país.
Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), obtidos pelo Metrópoles junto ao Ministério da Saúde, apontam que doenças isquêmicas do coração são as que mais matam – o conjunto de males cardíacos isquêmicos deixou pouco de 115 mil vítimas em 2018 – o que significa a morte de, aproximadamente, 315 pessoas por dia vítimas desse mal. O número é bem menor do que os óbitos registrados atualmente por causa da pandemia.
Doenças isquêmicas são decorrentes do entupimento das artérias por acúmulo de gordura. A situação acaba por diminuir o fluxo de sangue que passa pelo coração, resultando, por exemplo, em um infarto.
Em maio, covid-19 foi a maior causa de morte no Brasil:
Se levarmos em conta todas as causas nos últimos cinco anos com dados disponíveis, as doenças cerebrovasculares historicamente têm os maiores números, e tiveram seu ápice em 2016, com taxa de mortalidade diária de 282 por dia. Outras causas de mortes com números altos já foram superadas com folga pela covid-19. É o caso de infarto, pneumonia, diabetes, hipertensão e qualquer tipo ou agrupamento de câncer.
Mortes por acidentes ou agressões (que inclui assassinatos e suicídios), em 2018, também não chegam nem sequer à metade da média diária da covid-19 no final de abril.
Créditos: Metrópoles Notícias- (Foto: Reprodução)