Atualizado em 11/08/2020
Inspetor de Realeza alerta sobre a manutenção de aparelhos de ar-condicionado na pandemia

A qualidade do ar em ambientes climatizados sempre foi alvo de atenção. Leis federais e normativas de 1998, 2003 e 2018 exigem maiores cuidados com os aparelhos por meio do Plano de Manutenção, Operação e Controle para Ar-Condicionado (PMOC). A aplicação do PMOC estende-se para diversos segmentos de atuação, como lojas, restaurantes, farmácias, hospitais e prédios públicos, pois garante a qualidade do ar e a preservação da saúde. Em tempos de Covid-19, a atenção deve ser redobrada.

 

 

Conforme estudos, a boa qualidade do ar interno dos ambientes depende, principalmente, da limpeza ou substituição regular dos filtros (fonte de acúmulo de sujeiras) realizada por profissional especializado de empresa que esteja registrada no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR).

Jair Henrique Giongo, Engenheiro Mecânico de Pranchita e inspetor da inspetoria de Realeza do Crea-PR, relata que, durante as fiscalizações, os representantes do Conselho reforçam orientações sobre o PMOC.

“A lei regulamenta o PMOC para ambientes com capacidade de geração maior de 60 mil BTUs [sigla de British Thermal Unit, que mede a quantidade de energia necessária para elevar ou baixar a temperatura e equivale a 252,2 calorias ou 1055 Joules]. Se, em determinado ambiente, a soma dos aparelhos de ar-condicionado é superior ao valor, o PMOC é necessário”, explica Giongo. O Engenheiro Mecânico observa que para encontrar o dimensionamento correto, é necessária a avaliação de parâmetros técnicos.

Mesmo sem comprovação científica de que o Coronavírus possa ser transmitido em ambientes climatizados, a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos é importante, pois a proliferação de bactérias, ácaros e fungos em ambientes climatizados é comum.

“É necessário fazer a higienização dos equipamentos periodicamente, com empresas registradas e com profissional habilitado, normalmente Engenheiro Mecânico. No PMOC, a recomendação técnica é para limpeza mensal, indicada para hospitais, clínicas, prédios públicos, bancos, correios e locais com grande circulação de pessoas. Nas residências, recomenda-se a limpeza semestral dos filtros”, detalha Jair Giongo, que é responsável técnico em uma empresa especializada em manutenções de condicionadores de ar.

Na pandemia

Com o surto de Covid-19, os cuidados foram redobrados, relata Cesar Rubert, Engenheiro Mecânico e de Segurança do Trabalho e responsável técnico por outra empresa especializada, em Francisco Beltrão.

“Com a pandemia, a recomendação é que as manutenções preventivas ocorram em intervalos menores. Não se pode apenas analisar o conforto térmico do ambiente a ser climatizado, mas também se está havendo a renovação, a troca do ar”, aponta.

Cesar Ruber também faz um alerta. “Muitas empresas ainda não obedecem ou não têm ciência da legislação. Não é simplesmente tirar o filtro. A higienização tem que ser feita com produtos certificados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Também recomenda-se a aplicação do gás ozônio para higienizar os componentes internos dos aparelhos. Daí a importância de se buscar empresas registradas no Crea-PRp, com profissional habilitado e com produtos certos para desinfecção e higienização”, conclui o Engenheiro.

Principais problemas que a falta de manutenção dos aparelhos causa:

-Problemas respiratórios aos usuários;

-Aumento dos ruídos produzidos pelo aparelho;

-Perda da capacidade de refrigerar o ambiente;

-Congelamento das peças e corrosão;

-Obstrução e entupimento dos filtros, turbinas, canos e serpentinas;

-Falhas nas bobinas e nos compressores;

-Aumento do consumo de energia elétrica.

 

Créditos: Assessoria do Crea-PR/Antônio Menegatti- (Foto: Reprodução)

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