02/09/2020
Polícia encontra carteira e celular de grávida assassinada em SC na casa de suspeita de cometer o crime

A Polícia Civil apreendeu a carteira e o celular da jovem grávida assassinada em uma cerâmica desativada em Canelinha, na Grande Florianópolis, na casa da principal suspeita de ter cometido o crime. Ela está presa preventivamente, assim como o marido, por determinação da Justiça. As buscas na residência do casal foram realizadas nesta terça-feira (1º).

 

 

A mulher de 26 anos presa era amiga da vítima e confessou o homicídio, que teria sido planejado para que ela ficasse com a criança, que foi retirada do ventre da mãe com o uso de um estilete. O bebê, que teve cortes no braço, está internado, mas passa bem, segundo a Polícia Civil.

O casal é investigado por homicídio triplamente qualificado, sequestro, lesão corporal grave e ocultação de cadáver. O marido da suspeita nega ter cometido qualquer crime e o envolvimento no caso ainda é investigado, disse o delegado Paulo Alexandre Freyesleben e Silva, responsável pelo inquérito.

O corpo da vítima foi encontrado na manhã de sexta-feira (28). Ela recebeu tijoladas e cortes na barriga provocados por estilete. O laudo da perícia do corpo da jovem de 24 anos indicou que a causa da morte foi o ferimento cortante no abdômen. Também foram apontados múltiplos ferimentos na cabeça e no pescoço, e lesão aparente de defesa nos braços. O estilete foi encontrado no local do crime.

Ferida, a criança foi levada a um hospital pela suspeita e o marido, que acabaram presos. O nome da grávida morta não foi divulgado pelo G1 porque há risco que assim se chegue assim à identidade da recém-nascida, que tem o direito à preservação dessa informação garantido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

O caso

A vítima estava desaparecida desde a tarde de quinta (27). Conforme o delegado, ela teria sido levada até o local do crime por uma amiga.

"Ela [suspeita] disse engravidou no ano passado e perdeu esse bebê em janeiro, mas não comunicou aos familiares, inclusive nem teria falado para o marido, que estaria muito empolgado com a gravidez dela. Ela manteve a alegação da gravidez e neste período começou a cogitar o homicídio da vítima em razão da coincidências de prazos da gestação. Ontem [quinta] ela disse pra vítima que iria fazer um chá de bebê e convidou a vítima para participar", disse Silva.

No entanto, a amiga acabou levando a vítima até a cerâmica desativada, afirmando que seria um ponto de encontro com outros convidados. No local, ela atingiu a vítima com tijoladas na cabeça. "Depois, com um estilete fez o corte na barriga para tirar o bebê do ventre da mãe. A ideia dela era matar a mulher e ficar com a criança", disse o delegado.

Depois do crime, a suspeita teria enviado mensagens por volta das 17h para profissionais da área da saúde falando sobre o próprio parto em via pública. Ela também contou ao delegado que teria recebido ajuda de populares para conseguir chegar até o condomínio onde reside.

Na sequência, ela foi com o marido foi ao Hospital e Maternidade Maria Sartori Bastiani, em Canelinha, onde voltou a dizer que havia dado à luz. Na unidade de saúde, a Polícia Militar foi acionada pela equipe médica, por volta das 21h, por uma suspeita de lesão corporal contra uma criança. Durante o primeiro atendimento médico prestado à mulher, a equipe não identificou indícios dela ter feito um parto recente.

O marido da suspeita foi preso quando foi realizar a retirada da criança no hospital. A recém-nascida foi encaminhada ao Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, a pedido da unidade de saúde de Canoinhas.

"Ela [a suspeita] é extremamente fria, em momento algum demonstrou algum tipo de arrependimento ou algum tipo de culpa em relação a toda a situação", afirmou Silva. Já o marido estava nervoso e chorou durante o depoimento ao delegado.

Créditos: G1- (Foto: Reprodução/NSC TV)

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