Neste último mês do ano, a Sociedade Brasileira de Dermatologia promove o Dezembro Laranja para informar a população sobre as principais formas de prevenção ao câncer da pele. As acões de consciêntização são feitas em parceria com instituições públicas e privadas.
“As pessoas devem colocar na mente que o câncer da pele é coisa séria. Ele é o mais prevalente aqui no país, o mais comum entre todos os tumores malignos que a gente tem no Brasil", alerta o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Sergio Palma.
O exame físico é fundamental para um bom diagnóstico. Com a pandemia, muitas consultas foram suspensas em função do isolamento social. Atualmente, quase toda a rede pública e privada já retomaram as consultas, mas muitas pessoas não estão comparecendo para dar continuidade aos tratamentos ou para investigar alguma lesão ou alteração suspeita na pele.
“São vários tipos de câncer de pele. Os principais são os carcinomas, que aparecem em formas de lesões elevadas, caroços e bolinhas avermelhadas, e o que nos preocupa muito, o melanoma, que se origina nos melanócitos. O melanoma precisa ser diagnosticado numa fase muito inicial, muito precoce, porque é um câncer que dá metástase com muito mais facilidade,” alerta o médico.
Segundo o presidente da SBD, a exposição excessiva ao sol, sem proteção, é o principal fator de risco para o envelhecimento da pele e para o surgimento de alterações, lesões e tumores. "As medidas de fotoproteção não incluem só o uso do protetor solar. É um conjunto de atitudes, como respeitar os melhores horários de se expor ao sol, evitando o período das 9h às 15h, usar chapéus, bonés de abas largas, óculos de proteção UV [ultravioleta] e procurar sombras no máximo de tempo possível.”
A prevenção é o melhor caminho para garantir a saúde e o câncer da pele pode ser prevenido com medidas simples. As pessoas de pele e olhos claros são mais suscetíveis, mas é um erro pensar que as de pele negra não precisam de proteção pelo fato de terem mais melanina. Palma explica que o dermatologista deve ser procurado anualmente e quando surgirem novos sinais ou alterações na forma, tamanho ou coloração dos já existentes.
Em entrevista ao Revista Brasil, Palma fez um sério alerta sobre as câmaras de autobronzeamento. “O que é fator de risco para o câncer da pele, e é gravíssimo são as câmaras de autobronzeamento, que estão proibidas pela Anvisa desde 2009, mas que, infelizmente, a gente sabe que em várias cidades alguns estabelecimentos, de forma clandestina, oferecem esse tratamento. São câmaras com lâmpadas ultravioleta e que, se você levar essa luz acumulada ao longo do tempo, estará alterando essas células e fazendo com que elas possam virar um câncer."
Créditos: EBC - Revista Brasil (Foto: divulgação internet)