O Ministério da Saúde retirou os presidiários da lista de categorias prioritárias para a distribuição de vacinas contra a Covid-19. A informação foi divulgada pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo, e confirmada pela assessoria de imprensa do Ministério nesta quarta-feira (9/12).
Segundo Jardim, os presos estavam no quarto lote de distribuição das vacinas. A primeira categoria a receber imunização seriam os profissionais de saúde, idosos com mais de 75 anos e indígenas.
Em segundo lugar na fila, idosos com 60 a 74 anos. Em terceiro, portadores de doenças crônicas, como diabetes, cardiopatias e pressão alta. Por fim, estavam os profissionais de segurança, como policiais e servidores do sistema carcerário, e os presos. Agora, os últimos foram tirados da lista.
Segundo o último boletim disponibilizado pelo Conselho Nacional de Justiça, de 25 de novembro, o número de casos de coronavírus no sistema carcerário dobrou nos últimos três meses. Já foram registrados 38.387 casos de Covid-19 entre pessoas presas e 11.992 entre servidores desses estabelecimentos, com 213 óbitos no total.
Em nota, o Ministério informou que a lista de prioridades ainda não está fechada e que, enquanto isso, o planejamento dos grupos pode sofrer alterações.
Leia a manifestação do Ministério da Saúde:
A definição de grupos de risco (e posteriormente de grupos prioritários para serem vacinados) depende dos estudos epidemiológicos e dos resultados da fase III de cada vacina, que definirão a bula do imunológico. É importante ressaltar que os grupos prioritários ainda estão sendo definidos pelo Ministério da Saúde. O Plano de Nacional de Imunização ainda é preliminar, e o planejamento dos grupos a serem vacinados e fases podem sofrer alterações.
Além disso, o Brasil e o mundo ainda carecem de mais estudos quanto à taxa de transmissibilidade e de letalidade para que se justifique a priorização do grupo daqueles privados de liberdade. Além disso, a inclusão de outros grupos prioritários ocorrerá à medida em que mais doses e vacinas sejam disponibilizadas — após licenciamento pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e dos acordos de aquisição de vacinas.
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