Em Israel, o país que mais vacina no mundo – mais de 5 milhões de israelenses vacinados, dos 9 milhões de habitantes – a economia volta a funcionar. Há mais de 15 dias funcionam restaurantes, bares e cafés para portadores do chamado “passe-verde”.
Os passes são dados àqueles que já foram vacinados, mais de 50 por cento da população totalmente inoculada contra o coronavírus, ou seja, que receberam as duas doses da vacina.
“Estamos voltando à vida”, declarou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, enquanto cortava um bolo em um café em Jerusalém, num vídeo postado no Facebook.
A ideia é que economia seja quase totalmente reaberta até o feriado da Páscoa, que começa em 27 de março.
“Só temos que conseguir mais algumas centenas de milhares de pessoas … especialmente os maiores de 50 anos, e terminaremos”, disse Netanyahu num café de Jerusalém.
Israel, que lançou sua campanha de vacinação em dezembro, deu as duas doses recomendadas da vacina Pfizer BioNTech.
Passe-livre
O país lançou o programa de passe verde no mês passado, permitindo que um número controlado de pessoas com vacinação completa e aqueles que se recuperaram da Covid-19 entrem em academias, piscinas e outras instalações.
Os restaurantes retomaram 75 por cento da capacidade, em torno de 100 pessoas e com mesas a dois metros de distância.
Os portadores do passe verde agora também podem tomar uma bebida em um bar – mas ainda não podem bater um papo com um estranho sentado no banquinho ao lado deles. Permanece a regra que exige uma cadeira vazia entre os clientes, a menos que estejam juntos.
Grande parte dos alunos retornou às aulas esta semana, enquanto salas de eventos de hotéis, instalações esportivas e locais de culto também reabriram para portadores do passe verde.
Os israelenses presos no exterior, em meio ao fechamento do aeroporto que durou semanas, estão voltando para casa em números cada vez maiores, nas últimas semanas.
Campanha
Netanyahu que concorre à reeleição, realizou uma campanha de vacinação de peso em Israel.
Enquanto muitos países lutam para garantir o fornecimento de vacinas, o governo de Netanyahu se manteve abastecido graças a um acordo feito com a Pfizer no ano passado para compartilhar dados médicos sobre o impacto do produto.
O primeiro-ministro, no poder desde 2009, disse que deseja que toda a população maior de 16 anos de Israel seja vacinada em breve.
Palestinos
Embora o ritmo de vacinação de Israel permaneça entre os mais rápidos do mundo, o Estado judeu tem enfrentado apelos generalizados, inclusive das Nações Unidas, para garantir vacinas também para palestinos que vivem sob ocupação na Cisjordânia e daqueles em Gaza, bloqueada por Israel.
Em resposta, o governo de Netanyahu anunciou planos para vacinar 100 mil palestinos que trabalham em Israel.
Créditos: Com informações do Times of Israel e France Press - Só Notícia Boa