Diante da absoluta escassez de remédios – um resultado direto da pandemia de COVID-19 –, a União Europeia liberou a utilização de medicamentos de uso veterinário para aplicação em seres humanos. A decisão consta da Comunicação da Comissão Europeia C(2020) 2272, do último dia 8 de Abril deste ano.“Em caso de uma escassez crítica de medicamentos essenciais autorizados para uso humano, o uso de medicamentos equivalentes autorizados para uso veterinário que possuam os mesmos ingredientes ativos, dosagem e forma farmacêutica também devem ser considerados”, informam as autoridades do bloco europeu no documento.
A decisão da Comissão Europeia (CE) coincide com a divulgação do estudo que comprovaria a eficácia da ivermectina contra o novo coronavírus. A médica Kylie Wagstaff, do Biomedicine Discovery Institute de la Universidad de Monash en Melbourne (Austrália), demonstrou que o antiparasitário – amplamente utilizado no Brasil na saúde animal – é capaz de eliminar o COVID-19 em apenas 48 horas.
“Estas orientações visam proteger a saúde pública e preservar a integridade do mercado único, assegurando, ao mesmo tempo, que a Europa tenha o fornecimento de medicamentos a preços acessíveis necessários durante o surto de COVID-19. Eles se concentram no suprimento, alocação e uso racional de medicamentos para tratar pacientes com COVID-19. Eles também abrangem qualquer medicamento em risco de escassez devido à pandemia de COVID-19”, justifica a CE.
Por fim, os europeus alertam que “a substituição deve sempre ser cuidadosamente avaliada e autorizada pela autoridade nacional competente, levando em consideração as possíveis características específicas do setor veterinário. Atenção especial deve ser dada para garantir dosagem adequada e notificação adicional de reações adversas”.
Créditos: AGROLINK -Leonardo Gottems