24/03/2021
Defesa de Lula diz que vitória no STF contra Moro é histórica e revigorante

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) definiu como "histórico e revigorante" o entendimento da Segunda Turma do STF, por 3 votos a 2, de que o ex-juiz Sergio Moro agiu de forma parcial no caso do tríplex de Guarujá (SP), no qual o petista foi condenado pelo suposto recebimento do imóvel como forma de propina. Em nota assinada pelos advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins, a defesa afirma que a decisão "fortalece o sistema de Justiça e a importância do devido processo legal"

 

 

Votaram para declarar Moro suspeito os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia —que mudou o voto que proferido em dezembro de 2018, quando teve início o julgamento. Já os ministros Edson Fachin e Kassio Nunes Marques votaram contra a declaração de suspeição de Moro. No julgamento de hoje os ministros restringiram a análise à atuação de Moro no caso do tríplex — sem discutir o caso do sítio de Atibaia (SP), no qual Lula foi condenado em Curitiba.

Por meio de nota, a defesa de Lula disse que "Moro jamais atuou como juiz, mas sim como um adversário pessoal e político do ex-presidente".

Eles também lembraram as interceptações telefônicas às quais o escritório foi alvo e que antecederam a condução coercitiva de Lula. Esses fatos haviam sido elencados pelo ministro Gilmar Mendes e pela ministra Cármen Lúcia para considerar a parcialidade do ex-juiz. "Para percorrer essa trajetória na defesa técnica do ex-presidente Lula sofremos toda sorte de ilegalidades praticadas pela Lava Jato, algumas delas indicadas na própria decisão que reconheceu a suspeição do ex-juiz, como o monitoramento ilegal dos nossos ramais para que os membros da "operação" pudessem acompanhar em tempo real a estratégia de defesa", diz a defesa. O Ministério Público do Paraná foi procurado pela reportagem, mas afirmou que não vai se pronunciar. Moro não foi localizado para comentar a decisão do STF.

"Os danos causados a Lula são irreparáveis, envolveram uma prisão ilegal de 580 dias, e tiveram repercussão relevante inclusive no processo democrático do país".

Créditos: úlia Schiaffarino Colaboração UOL Brasília - Imagem: Vinícius Nunes/Agência F8/Estadão Conteúdo

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