31/03/2021
Dá para receber a vacina da gripe e a da COVID-19 juntas?

No dia 12 de abril, o Brasil dará início a 23° campanha nacional de vacinação contra a influenza — o vírus da gripe —, com um público-alvo estimado em 79,7 milhões de brasileiros. Até o dia 9 de julho, a meta é imunizar, pelo menos, 90% dos grupos prioritários contra a doença respiratória, como crianças e idosos. Vale ressaltar que a imunização não afeta a vacina da COVID-19 e pode evitar a sobrecarga de serviços da saúde.

 

 

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação contra a influenza é necessária, já que "prevenirá o surgimento de complicações decorrentes da doença, óbitos, internações e a sobrecarga nos serviços de saúde, além de reduzir os sintomas que podem ser confundidos com os da COVID-19". Além disso, a imunização é uma forma de proteger as pessoas mais vulneráveis contra doenças respiratórias, o que pode fortalecer o sistema imunológico e evitar o aparecimento de outras infecções.

Para receber a vacina contra a gripe, os grupos prioritários são:

  • Crianças de 6 meses até menores de 6 anos de idade;
  • Gestantes;
  • Puérperas;
  • Povos indígenas;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Idosos a partir dos 60 anos;
  • Professores das escolas públicas e privadas;
  • Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais;
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Membros das forças de segurança e salvamento e Forças Armadas;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso;
  • Trabalhadores portuários;
  • Funcionários do sistema prisional;
  • Adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas;
  • População privada de liberdade.

Para alcançar a maior parte das pessoas do grupo prioritário, o Ministério da Saúde distribuirá 80 milhões de doses da vacina influenza trivalente, produzida pelo Instituto Butantan. Além disso, a imunização será feita de forma escalonada, ou seja, os grupos prioritários serão distribuídos em etapas, como acontece com a COVID-19. No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) adota a vacinação contra o vírus desde 1999.

Duas vacinas, pode?

Até o momento, não foram realizados estudos em que pacientes recebem a vacina contra a gripe e contra a COVID-19 de forma simultânea. Dessa forma, o Ministério da Saúde não recomenda a aplicação das duas doses juntas e orienta que o paciente aguarde um intervalo mínimo de 14 dias entre os imunizantes. Na questão da COVID-19, são 14 dias após a segunda dose.

Com o aumento de casos da infecção pelo coronavírus em todo o país, a ideia é que as pessoas priorizem, neste momento, a vacina da COVID-19, mas já tenham agendado a imunização contra a Influenza, após o período de duas semanas. É importante destacar que a vacina da influenza é necessária para a proteção dos grupos mais vulneráveis às complicações e óbitos decorrentes, sendo que o vírus da gripe também circula pelo país. Por isso, a mensagem é de que as pessoas não deixem de se imunizar, caso se enquadrem nos grupos prioritários.

Vacina da gripe pode proteger contra COVID-19?

A vacina contra gripe foi desenvolvida para criar imunidade ao vírus da influenza e, dessa forma, não previne contra infecções do coronavírus. No entanto, um estudo desenvolvido por pesquisadores norte-americanos, da Universidade do Michigan, sugere que a fórmula pode, sim, desencadear algum grau de proteção contra o novo agente infeccioso.

Créditos: Canal TEch Por Fidel Forato

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