O jejum intermitente é uma dieta que pode ajudar a melhorar a imunidade, favorecer a desintoxicação do organismo e também melhorar a disposição e a agilidade mental. Este tipo de jejum consiste em não comer alimentos sólidos entre 16 e 36 horas seguidas, algumas vezes por semana, de forma programada, voltando à alimentação habitual, de preferência baseada em alimentos com baixo teor de açúcar e gorduras.
Para conseguir os benefícios, a estratégia mais comum para iniciar este jejum é ficar sem comer por 14 ou 16 horas, apenas ingerindo líquidos, como água, chá e café sem açúcar, mas este estilo de vida só é aconselhado para pessoas saudáveis e, ainda assim, é necessário o consentimento e apoio de um médico, enfermeiro ou profissional de saúde que tenha conhecimento deste tipo de jejum, para garantir que seja bem feito e faça bem para a saúde.
Existem diferentes tipos de métodos de jejum intermitente, embora, em todas elas, se realize um período de restrição na ingestão de alimentos, intercalando com um período em que se pode comer. Veja um guia prático para iniciar o jejum intermitente.
No caso de nunca se ter feito jejum, normalmente é recomendado fazer jejum intermitente 1 vez por semana e por no máximo 16 horas. Esse período de jejum pode ser aumentado de forma gradual, ou seja, pode-se começar fazendo 12 horas e, à medida que vai havendo adaptação, aumentar o período de jejum.
Antes de iniciar o período de jejum, é recomendado fazer uma refeição com baixa quantidade de carboidratos, pois assim é mais fácil ficar sem fome durante o jejum. Nas primeiras 4 horas, o organismo utiliza a energia fornecida pela última refeição.
O tipo de jejum intermitente pode variar de acordo com a duração do período de jejum e a quantidade de vezes, na semana, em que é realizado, sendo as principais formas:
No período de jejum estão liberados água, chás e café, sem a adição de açúcar ou adoçantes. É comum nos primeiros dias sentir muita fome, mas nos dias seguintes o corpo acaba se acostumando, tornando o processo mais fácil.
Veja mais sobre como fazer o jejum intermitente no vídeo a seguir:
Após o período de jejum é recomendado comer alimentos de fácil digestão e de baixo índice glicêmico, evitando o excesso de gorduras ou açúcares, pois assim é possível garantir os resultados do jejum intermitente.
Após o jejum, é importante fazer uma refeição com baixo índice glicêmico para garantir uma boa capacidade digestiva e o bem estar, que pode incluir:
Após o jejum, algumas frutas que podem também ser consumidas juntamente com a refeição são maçã, morango, framboesa e mirtilo. Além disso, quanto mais tempo sem comer, menor deve ser a quantidade de comida, especialmente na primeira refeição. Confira outros alimentos com baixo índice glicêmico que podem ser incluídos na alimentação pós jejum.
Devem ser evitados alimentos fritos ou preparados com muita gordura, como batata frita, coxinhas, molho branco ou sorvetes, bolachas recheadas ou comida congelada, como lasanha.
Para conseguir emagrecer com jejum intermitente, é importante também praticar uma atividade física, como caminhada ou mesmo academia, nunca de estômago vazio, e de preferência, orientada por um profissional de educação física.
Veja ainda como evitar o efeito sanfona que pode acontecer quando não se faz o jejum intermitente corretamente, no vídeo seguinte:
Os principais benefícios do jejum intermitente são:
Durante o jejum intermitente também é possível se sentir mais alerta, ter melhoras na memória, apresentar mais disposição, melhor humor e sensação geral de bem estar.
O jejum intermitente é contraindicado em qualquer situação de doença, especialmente em casos de anemia, hipertensão, pressão baixa ou insuficiência renal, ou que precisam usar remédios controlados diariamente. Da mesma forma, o jejum intermitente não é indicado para crianças, para pessoas com histórico de anorexia ou bulimia, com diabetes, com pouco peso, mulheres grávidas ou que estejam amamentando.
No entanto, mesmo se estiver saudável, é importante realizar uma consulta com o clínico geral para avaliar como estão as condições do corpo e realizar exames, como os para avaliar a glicemia, antes de iniciar este tipo de dieta.
Créditos: Tua Saúde - Tatiana Zanin-Nutricionista