Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram carros presos no engarrafamento, com um metro de neve acumulada no teto. “As pessoas enfrentam uma situação terrível”, afirma Usman Abbasi, um turista bloqueado nesta cidade, onde a neve continua caindo, segundo relatou à AFP por telefone. “GOVERNO POUCO PREPARADO” Durante dias, as redes sociais do Paquistão estiveram cheias de imagens e vídeos de pessoas se divertindo com a neve perto de Murree, um pintoresco centro turístico construído pelos britânicos no século XIX e usado como sanatório para suas tropas coloniais.
O gabinete do chefe da província de Punjab anunciou que Murree foi declarada “zona de desastre” e pediu às pessoas para não viajarem para a cidade. O primeiro-ministro Imran Khan se declarou comovido com a tragédia.
“Nevascas sem precedentes e deslocamentos de pessoas sem constatar as previsões meteorológicas deixam o governo pouco preparado” para enfrentar a situação, tuitou. “Ordenei uma investigação e adotei no local medidas rígidas para prevenir este tipo de tragédia”, acrescentou. ADVERTÊNCIAS As autoridades advertiram no último fim de semana que muitos veículos tentavam chegar a Murree, mas isso não desanimou a multidão de motoristas a viajar para esta cidade. Mais de 100 mil automóveis foram para a cidade turística de Murree nos últimos dias para ver as grandes e raras nevascas, causando enormes engarrafamentos nas vias de acesso e saída, segundo um porta-voz da polícia.
A proximidade com a capital Islamabad faz de Murree um frequentado destino turístico para viagens de um dia. O ministro Sheij Rashid informou que moradores locais alojaram as pessoas presas na cidade e ofereceram comida e abrigo aos que estão nas redondezas. As autoridades forneceram alojamento em escolas e prédios administrativos para aqueles que conseguiram sair das estradas engarrafadas e chegar à cidade. O serviço de emergência do Paquistão divulgou uma lista com os nomes das 21 pessoas cuja morte foi confirmada.
Créditos: AFP Fotos: Reprodução