Um ano após a tragédia que chocou o Brasil e custou a vida de três bebês, uma professora e uma agente educacional em Saudades, no Oeste de Santa Catarina, familiares, professores e funcionários da prefeitura homenagearam as vítimas. O ato ocorreu na manhã desta quarta-feira (4), na creche Pró-Infância Aquarela, onde o crime foi registrado.
Cerca de 50 pessoas participaram da homenagem, que durou 20 minutos. Na oportunidade, um líder religioso prestou condolências às famílias, citou alguns versículos da Bíblia e falou sobre perdão. Em seguida, familiares das vítimas soltaram balões brancos na área externa da creche.
Os pais das crianças que morreram na chacina não foram na homenagem desta quarta-feira. Já os familiares da professora Keli Adriane Aniecevki, de 30 anos, e da agente educacional Mirla Renner, de 20 anos, assassinadas com golpes de arma branca, estiveram no local pela primeira vez depois do crime.
Neusa Renner, mãe de Mirla, se emocionou ao lembrar da filha.
“É muito triste para mim e sempre vai ser. Ela nunca será esquecida. Eu penso na minha filha 24h. Não vivo mais sem a minha filha, estou apenas sobrevivendo. Perdi a coisa mais preciosa do mundo para mim”, disse.
Os pais de Keli, José e Teresinha Aniecevski, também demonstraram a sua saudade.
"É uma homenagem merecida. Ela amava o que fazia aqui”, comentou Teresinha. “Agora esperamos por justiça. Aqui na Terra eu não sei, mas um dia a justiça será feita. Não tem explicação para o que foi feito. Uma barbaridade”, acrescentou o pai.
O local escolhido para ser palco do evento foi justamente a sala onde a chacina aconteceu. O espaço, onde antes estudavam crianças do berçário, foi transformado em uma área de uso comum, com brinquedos e livre circulação de pessoas. Hoje, o local possui um novo projeto arquitetônico e um moderno sistema de segurança instalado.
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