O Dia Mundial do Câncer de Ovário, realizado neste domingo, 8 de maio, deixou como mensagem o apelo em inglês "No Woman Left Behind", ou que "Nenhuma mulher seja deixada para trás", na tradução em português. Trata-se de um desafio para uma maior equidade no acesso à prevenção, diagnóstico e tratamento de uma doença que atinge, anualmente 6.650 brasileiras, segundo dados oficiais do Inca (Instituto Nacional de Câncer).
A maioria das mulheres com câncer de ovário não apresenta sintomas até que a doença atinja estágio avançado. Grande parte dos diagnósticos ocorre quando as células malignas já se disseminaram para outros órgãos. Isso também explica as quase 4.000 mortes anuais no Brasil. Assim, é importante manter os exames de rotina sempre em dia e ter atenção aos sinais que o corpo pode enviar, como dor abdominal, na pelve, aumento do volume da barriga, alteração do hábito intestinal ou sangramento vaginal. Estes são alertas que devem fazer você buscar orientações do seu médico. Como não há exame de rastreamento para o câncer de ovário, o diagnóstico geralmente ocorre quando estes sintomas aparecem. Dependendo do resultado dos exames de imagem, a investigação avança com avaliações no sangue e ressonância. Para pacientes portadoras de síndromes genéticas, como a mutação dos genes BRCA1 ou BRCA2, a indicação é tomar remédios anti-hormonais ou mais efetivamente realizar a retirada das trompas e ovários, como prevenção deste tumor.
Novas medicações, o aprimoramento das técnicas cirúrgicas, a introdução, em casos selecionados, de quimioterapia dentro do abdome e o desenvolvimento de drogas que bloqueiam a vascularização do tumor têm apresentado bons resultados e trazido melhor qualidade de vida e sobrevida para estas pacientes.
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