Em dezembro do ano passado a Petrobras tinha promovido a redução de preços da gasolina (e também do diesel) para as distribuidoras, quando o combustível derivado do petróleo teve queda de 6,1%. Porém já estamos em 2023 e agora nesta segunda quinzena de janeiro a gigante empresa estatal de economia mista anunciou um aumento de quase 8% no valor da gasolina para as distribuidoras.
De acordo com a Petrobras, a gasolina vendida para as distribuidoras passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, o que significa um aumento de R$ 0,23 por litro ou um reajuste da ordem de 7,46%. Vale lembrar que esse reajuste anunciado hoje entrará em vigor somente a partir de amanhã, dia 25 de janeiro. Por outro lado, combustíveis como etanol, diesel e não sofreram alterações nos preços.
A mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina acaba fazendo com que a empresa tenha uma parcela do valor final do combustível vendido na bomba. Com isso, a Petrobras fica, em média, com R$ 2,42 a cada litro comercializado nos postos de combustíveis.
É importante lembrar que o valor final dos combustíveis vai além dos preços cobrados nas refinais, pois o preço que o consumidor paga na bomba também é composto pela margem de lucro das distribuidoras e dos revendedores, assim como os impostos e custos de transporte. Na prática, cada revendedor tem ainda autonomia para definir qual valor vai cobrar na revenda dos combustíveis.
“Esse aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, diz a Petrobras em nota.
Apesar do reajuste feito pela Petrobras, o relatório de paridade internacional da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) aponta que o preço da gasolina no Brasil continua mais baixo que o praticado no exterior. Com isso, o valor do combustível derivado do petróleo à venda no país está com defasagem de 14% ante o valor do mercado internacional.
“O mercado internacional e o câmbio pressionam os preços domésticos. PPI [Preço de Paridade Internacional] acumula aumento de R$0,61/L desde o último reajuste nos preços da Petrobras”, disse a associação por meio de nota divulgada nesta terça-feira.
Créditos: Motor1 - UOL Por: Diego Dias (Imagem: Divulgação)