A fabricante de eletroeletrônicos Philips anunciou, nesta segunda-feira (30/1), a demissão de 6 mil trabalhadores. As demissões devem acontecer até 2025, sendo que 3 mil vagas serão fechadas ainda neste ano.

A empresa holandesa disse que os desligamentos fazem parte de uma estratégia para reduzir custos e melhorar a competitividade. Em outubro passado, a Philips já havia anunciado a demissão de 4 mil colaboradores. No total, a fabricante de eletroeletrônicos já cortou cerca de 10% do quadro de funcionários.

O anúncio das demissões veio no mesmo dia em que a Phillips anunciou seus resultados trimestrais. Apesar de ter registrado um aumento no número total de vendas, motivado pela normalização do fornecimento de chips e outros componentes eletrônicos, a empresa teve um prejuízo de € 106 milhões no último trimestre de 2022.

As vendas foram de € 5,4 bilhões no final do ano passado, frente a um volume total de vendas de € 4,9 bilhões no final do ano anterior. Além de ter sido maior do que o esperado, o prejuízo ainda reverteu um lucro de € 157 milhões registrado no mesmo trimestre de 2021.

A empresa disse que o prejuízo foi causado por um aumento de custos de insumos e mão de obra, e disse que tomará outras iniciativas para melhorar a eficiência operacional.

O corte de trabalhadores na Philips é mais um episódio de um contexto de empresas de tecnologia demitindo, frente a um ambiente de insumos mais caros, custo financeiro mais elevado (em razão da alta dos juros na Europa e nos Estados Unidos) e demanda menor.

Outras empresas, como Microsoft, Spotify e IBM também já anunciaram a demissão de milhares de funcionários.