Um novo medicamento aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reduz o colesterol ruim (LDL) em até 52%. A grande novidade é que é aplicada em formato de injeção, apenas duas vezes ao ano, e evita o uso diário de pílulas.

A droga já havia sido aprovada pela agência reguladora dos Estados Unidos e é uma alternativa à estatina.

A inclisirana foi desenvolvida pela farmacêutica Novartis. O medicamento bloqueia a PCSK9, proteína que danifica os receptores do LDL e causa o aumento de gordura no corpo.

Promissor

Essa aprovação é uma esperança para aqueles que sofrem com colesterol alto.

A inclisirana consegue bloquear a PCSK9, que atua diretamente nos receptores de LDL. Com eles bloqueados, a gordura que antes ficava circulando e se acumulando nas artérias, passa a ser eliminada.

Com duas aplicações anuais, o medicamento se mostrou eficaz em reduzir, em média, 52% do colesterol ruim, tudo isso com um menor número de efeitos colaterais!

Usado hoje no controle dos níveis de LDL, a estatina reduz apenas 26% do colesterol, além de ter mais efeitos colaterais.

Facilidade de uso

Os estudos clínicos só reforçam o quanto o novo medicamento aprovado pela Anvisa para controle do colesterol pode ser promissor.

Foram 17 meses de monitoramento e 8 em cada 10 pessoas que utilizaram o inclisirana atingiram a meta recomendada, inferior a 70mg/dL.

Outro benefício do medicamento é a sua facilidade no uso, sendo a aplicação via injeção duas vezes por ano o suficiente para o controle.

Hoje, o tratamento tradicional é feito com pílulas diárias e, como o colesterol não é uma doença que manifesta seus sintomas de forma clara, muitos pacientes acabam desistindo do tratamento.

A venda

Apesar da aprovação, não há ainda previsão para o início da venda do novo remédio no Brasil.

Mas o medicamento deve estar disponível nos próximos 90 dias.

Espera-se que a injeção seja incorporada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) o mais breve possível.

O Leqvio tem o princípio ativo inclisirana e deve começar a ser vendido no Brasil nos próximos 90 dias.