O estudante que praticou o ataque na Escola Estadual Sapopemba, na Zona Leste de São Paulo, teria avisado duas semanas antes que faria um "massacre" no local. A informação foi dada por uma aluna da unidade à Rádio CBN. Duas pessoas ficaram feridas pelos disparos, e uma terceira vítima morreu. O adolescente foi apreendido.
O caso ocorreu na Escola Estadual Sapopemba, localizada na Rua Senador Nilo Coelho, por volta das 7h30 desta seghunda-feira, 23. Conforme a aluna Carla, o rapaz entrou na escola na segunda aula, quando começou a atirar contra os colegas. Ela relata que ouviu as pessoas gritando e correndo.
"Atiraram duas bombas em cima da minha sala, e eu fiquei desesperada. Quando eu olhei, tinha muita gente correndo. [...] Muita gente acabou caindo da escada, uma menina cortou a perna. Eu me machuquei também porque segurei uma menina", afirmou.
De acordo com a estudante, o atirador disparou contra uma das alunas quando ela estava descendo as escadas. "Ele disparou mais ou menos dez tiros", decreveu. Carla também contou que ele teria avisado que ia realizar o ataque, pois não gostava dos alunos.
"Ele avisou que ia fazer o massacre. A gente não acreditou. Ele falou que ia fazer, porque não gostava da gente. Foi umas duas semanas atrás. A gente não acreditou porque não sabia que ele ia ter coragem", declarou.
A aluna do Ensino Médio da Escola, Maria Isabel, afirmou à TV Globo que os tiros ocorreram próximo a uma sala de aula. "Eu estava no banheiro quando ouvi os disparos, quando sai do banheiro, vi algumas pessoas caídas na porta da sala do lado, onde aconteceu o tiroteio. As pessoas começaram a correr e aí eu vi que era do primeiro ano", relatou a estudante.
O caso foi encaminhado para o 70º DP de São Paulo. O adolescente foi ouvido ainda na segunda-feira.
Em nota enviada ao Terra, o Governo de São Paulo também lamentou o ocorrido e afirmou que se solidariza com as famílias das vítimas do ataque ocorrido nesta segunda. Nesse momento, a prioridade é o atendimento às vítimas e apoio psicológico aos alunos, profissionais da educação e familiares. Mais informações sobre o estado de saúde das vítimas e investigação do ataque serão divulgadas em breve.
*ATENÇÃO: Se você sofre algum tipo de bullying na escola ou cyberbullying de colegas na internet, faça a denúncia no Disque 100 – Disque Direitos Humanos. A ligação é gratuita e o atendimento é feito 24 horas por dia. Para receber atendimento ou fazer denúncias pelo WhatsApp, basta enviar mensagem para o número 61 99656-5008. Também é possível ser atendido pelo Telegram, basta digitar "Direitoshumanosbrasil" na busca do aplicativo. Após uma mensagem automática inicial, o atendimento será realizado pela equipe do Disque 100.
Se você é pai, mãe ou responsável por uma vítima de bullying, converse com ela. Procure a direção da escola para tentar solucionar o problema entre os envolvidos e suas famílias. Se o(a) diretor(a) não tomar nenhuma atitude, formalize a denúncia em casos mais graves no Conselho Tutelar ou na polícia da sua cidade.
Créditos: Terra