Após ter cumprido 25 dos 300 anos dos quais foi condenado, Luiz Fernando da Costa, de 56 anos, conhecido popularmente como Fernandinho Beira-Mar, recorre a transtornos mentais para escapar da pena. O Balanço Geral mostrou entrevista exclusiva com o criminoso.
A defesa de um dos maiores traficantes do Brasil alega que ele sofre de insanidades mentais, decorrentes das condições de isolamento do sistema carcerário. Uma das principais argumentações do preso, é a falta que sente dos seus filhos.
Ele foi apreendido em 2001, na Colômbia, e trazido para o Brasil, onde passou por diversos presídios federais e hoje se encontra no fica localizado em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
Beira-Mar foi submetido a uma perícia psiquiátrica para identificar a veracidade de tais transtornos e, caso o resultado prove a insanidade, ele poderá fazer tratamento psicológico fora da cadeia.
Em entrevista exclusiva à Record TV, o ex-narcotraficante deu detalhes sobre sua vida de crimes. Ele disse que as pessoas não entendem que ele teve razões para tomar certas atitudes. Mas, reconhece: "Nada justifica o que fiz".
E também alegou ter sido condenado por crimes que não cometeu. Como, por exemplo, a Rebelião de Bangu, ocorrência que adicionou 120 anos à sua pena. Disse, ainda, que aceitou faz a intermediação entre os presos e a polícia, não porque era "bonzinho" ou era o "líder", mas apenas para resguardar a sua própria integridade física.
Ao ser questionado sobre a quantidade de vítimas que já causou, Fernandinho se recusou a responder: "Deixa quieto".
Sobre a vida ociosa dentro do presídio, ele contou que se sente em estado vegetativo, e que dorme à base de remédios, por sua mente estar muito conturbada. "A gente está enterrado vivo aqui", confessa.
Beira-Mar mostrou ainda que não chora pelo leite derramado: "Ao invés de ficar pensando nos erros que cometi, penso no que eu tenho que fazer para não repetir isso no futuro, e ter uma vida diferente".
Outra revelação feita pelo criminoso, foi sobre seus vínculos com líderes de organizações criminosas: "Estive com a maioria da cúpula do PCC". Além disso, admite que prestaria cordialidade aos participantes de qualquer facção brasileira.
Fernando, agora, aguarda o resultado dos exames que podem mudar o resto da sua vida. A comprovação da insanidade mental alegada pelo condenado, pode ser responsável pela "liberdade" do homem que ficaria, até morrer, atrás das grades.
Confira, na íntegra, o que Fernandinho Beira-Mar tem a falar:
Créditos: R7 Foto: Reprodução