01/11/2023
Aos 73 anos, mulher com Parkinson se forma em curso técnico na UFPR

Natural de Alexandra, primeira colônia Italiana do Paraná, Ana Regina Silveira decidiu voltar a estudar depois que ficou viúva e sua mãe faleceu. Como forma de se distrair, aos 65 anos, voltou aos estudos. Terminou o ensino fundamental, depois o ensino médio e por fim, a faculdade e o tão sonhado curso Técnico em Agente Comunitário de Saúde (TACS) pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). “Eu fiz o teste de seleção e passei. Eu sempre tive um objetivo. Eu queria voltar a estudar”, pontua.

Ana também recorda que foi quando visitou a Feira de Profissões em 2018, realizada pela UFPR, em Piraquara, que encontrou o curso que tanto desejava, o curso técnico. “Eu escolhi a UFPR pela credibilidade e por ser uma instituição idônea e eu sempre tive vontade de estudar ali e deu certo”, afirma. Ana ainda teve o privilégio de fazer parte no ano seguinte (2019), da feira de profissões, mas dessa vez, auxiliando com a edição e já sendo aluna da universidade.

 


Para Ana Regina, conquistar o diploma acadêmico na idade em que ela estava e ainda sendo portadora do mal de Parkinson, doença que surgiu em 1998, não foi impedimento para ela desistir. “Quando eu fui pra faculdade eu já estava com a doença e não foi impedimento algum porque eu já fazia tratamento. A vida continua e enquanto há vida, há esperança, mas não pelo dinheiro, mas pela satisfação de poder ajudar o próximo”

Mas, um dos maiores desafios encontrados durante a vida acadêmica, foi a pandemia. “Foi um desafio muito grande para nós”, comenta. Mas isso não a impediu de continuar e concluir o curso técnico em Agente Comunitário de Saúde em 2022.

Hoje, com 75 anos, Ana não trabalha na área, mas participa toda segunda-feira do grupo de extensão “Amigos Solidários na Dor do Luto”, do curso de Psicologia da UFPR.

Silveira ainda acredita que a terceira idade tem muito o que contribuir com os jovens de hoje em dia. “As pessoas da terceira idade têm experiências de vida que são muito importantes para os jovens de hoje que não adquirimos no banco da escola, mas no dia a dia com a família, com a comunidade”.

Atualmente mais de mil estudantes da UFPR têm 40 anos ou mais e dona Ana fez parte dessa história da instituição.



Créditos: Bem Paraná Foto: Reprodução Bem Paraná

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