15/01/2024
Jovem cria serviço para passeio com pets em Francisco Beltrão

Por Leandro Czerniaski – É comum encontrar nas ruas de Francisco Beltrão o adestrador Kauê Coutinho Medrado passeando com uma turminha de cães. Geralmente são animais diferentes e mais de um trajeto por dia, atendendo clientes de diferentes bairros. Chamado de dog walker, o passeio educativo é uma forma de melhorar o bem-estar do animal, principalmente aqueles residem em apartamento ou locais fechados e cujos tutores não dispõem de tempo para sair com o pet.

 

 

 

Kauê está nesse ramo por acaso, mas a história é bem interessante. O jovem é da Zona Leste de São Paulo e passou em Engenharia Uqímica na UTFPR; veio para Beltrão em 2018. Na pandemia, com a suspensão das aulas presenciais, voltou para a cidade Natal; na mesma época, a família adotou um cão ainda filhote e contrataram um adestrador para ajustar alguns comportamentos do animalzinho. Kauê sempre ficava junto do profissional, observava, perguntava e ajudava no processo. Ao fim do adestramento, foi convidado para trabalhar com o adestrador. “Ele disse que eu tinha paciência e era curioso, que tinha perfil para tratar com pets”, relembra.

 

 

O jovem foi trabalhar em uma creche onde cuidava de até 70 cães por dia. Nesse período, foi acompanhando e se aprofundando nas técnicas de adestramento. Mas aí as aulas retornaram e ele precisou voltar a Beltrão para continuar a faculdade.

Aqui, retomou os estudos presenciais, mas sentia falta dos doguinhos. “Ficava mal pela falta dos cães, então comecei a ver que podia fazer alguns passeios e adestramentos e fui buscando contato com tutores em parques e locais públicos. Daí, um virou dois, que virou quatro e que se multiplicou muito”, conta.

Hoje Kauê está atendendo cerca de 50 clientes simultaneamente com diversos serviços. Além do dog walker, ele oferece o pet sitter (cuidados do animal na própria casa enquanto os tutores estão em viagem) e adestramento presencial e on-line, com mentoria. Está nas redes sociais (@educao.fb), criou empresa e trouxe o cunhado, Guilherme Consul Nunes, de São Paulo para trabalhar com ele.

Adestramento depende muito do tutor

Os passeios e cuidados em casa com os pets envolvem sempre atividades educativas com os animais. Mas o adestramento é o serviço mais complexo para se fazer com os cães. Ele é procurado por tutores que se sentem incomodados com animais que fazem necessidades em qualquer lugar, que passeiam puxando a guia, roem móveis, são agressivos ou pulam em pessoas de fora da residência. São comportamentos comuns, mas que podem ser trabalhados. “Cães não são robôs, cada um terá um determinado comportamento e uma evolução que lhes é individual”, comenta. Kauê cita que o adestramento vai de duas a até 20 aulas e depende muito da colaboração do tutor. Tem animais que estão desde o início com ele, mas agora as aulas são menos frequentes e para evoluir o cão com truques.

Créditos: Por Leandro Czerniaski, Jornal de Beltrão

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