Uma policial militar deu um tapa no rosto de uma mulher de 27 anos que espancou a própria filha em Vitória de Santo Antão, Pernambuco. A agente de segurança ficou revoltada ao ver que a criança, de 11 anos, apresentava marcas de espancamento pelo corpo.
De acordo com informações de testemunhas, a menina apresentava diversos hematomas na região dos braços e pernas. Por isso, vizinhos decidiram encaminhá-la ao Hospital João Murilo de Oliveira por meio de carro de aplicativo. Eles também acionaram a Polícia Militar (PM) e o Conselho Tutelar.

Durante atendimento ao caso, o órgão apurou que a criança foi agredida após a mãe ter sido acordada pela briga de outros dois filhos que estavam jogando videogame.
“A criança tem mais dois irmãos e eles tinham começado a brigar por conta de um jogo de videogame. Ela foi apartar essa briga, foi separar os irmãos e a mãe queria dormir. Ela acordou, se alterou e já foi batendo nela”, disse o Conselho Tutelar.

Uma equipe da PM se deslocou à instituição de saúde e observou que a genitora da vítima se negava a deixar a criança desembarcar do carro de aplicativo.
Segundo a PM, a mulher foi contida, presa e conduzida para a Delegacia de Vitória. A menina está sob os cuidados do Conselho Tutelar.

“A criança estava cheia de hematomas, um pouco debilitada, com dificuldade para andar, com luxações no braço. Ela foi avaliada pelo ortopedista e pelo pediatra da unidade de emergência. Logo depois, ela recebeu alta e ficou sob a responsabilidade do Conselho Tutelar”, disse a conselheira tutelar Alzenir Vasconcelos.
Tapa no rosto
A policial militar golpeou a mãe da criança com um tapa no rosto ao ver a garota ferida. “Foi tu que fizesse isso? Foi tu que fizesse isso com ela, não foi? Pronto, você não gosta de bater, né? Você não gosta de bater? Você não gosta?”, disse a policial durante a abordagem.

Em nota, a Polícia Militar disse que “abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da abordagem policial e tomar as providências necessárias”.
O Conselho Tutelar de Vitória de Santo Antão, assim como a Polícia Militar, foram acionados pelos vizinhos que prestaram assistência à criança. A mãe, antes de acompanhar a criança ao hospital, foi filmada discutindo com o grupo por conta da intromissão.

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