O 1º sargento Ewerton Luiz Oliveira acolheu a criança enquanto a mãe e as demais vítimas eram atendidas; o menino estava no carro que capotou na manhã desta quarta-feira (14) em Chapecó, no Oeste.

No meio do caos de um acidente de trânsito que deixou pelo menos quatro pessoas feridas, uma cena chamou a atenção. Na sombra de um dos veículos do Corpo de Bombeiros Militar, um menino de quase três anos comia pipoca no colo do 1º sargento Ewerton Luiz Oliveira.

A criança estava com a mãe e outras três pessoas no carro Fiat/Pálio que capotou após acidente com um caminhão no Contorno Viário Extremo-Oeste, na cidade de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, na manhã desta quarta-feira (14).

Enquanto a mãe era atendida pelos socorristas, o menino estava com duas mulheres próximo a via.
Ao ver as mulheres e a criança, o 1º sargento pediu para que eles se afastassem por segurança. Foi quando soube que, na verdade, o menino estava no carro e também era vítima do acidente.

Instintivamente, Oliveira pegou a criança nos braços. “Todas as vítimas estavam sendo atendidas e naquele momento meu instinto foi proteger o menino”, conta.
O 1º sargento tentou tornar o momento o menos traumático possível. “Levei para ver o helicóptero, as ambulâncias, falei que a mãe dele estava bem, que meus amigos bombeiros estavam cuidando dela. Tudo para que ele se sentisse seguro”, detalha.

Entre a atenção dedicada à criança, Oliveira ofereceu colo, comida, água, trocou fralda e tentou retirá-lo da situação.

“A primeira coisa que veio na cabeça foi proteger a criança e tirar ela de um possível trauma, de ver a mãe, talvez, chorando ou gritando de dor. Ele tinha acabado de levar um susto no acidente, então, o primeiro sentimento foi de tirar essa criança daquele cenário”, explica.

A mãe do menino estava no banco de trás do carro. Conforme Oliveira, ela bateu a cabeça e estava com o rosto inchado, um pouco desorientada, e foi levada para avaliação. Quando a situação estava controlada, a criança foi encaminhada com a mãe e o 1º sargento ficou com o sentimento de missão cumprida.