Atualizado em 22/07/2019
Como identificar a depressão

A depressão é uma doença que afeta o humor, gerando tristeza profunda e persistente, e afetando de forma negativa o modo como as pessoas se sentem, pensam e agem.

Ela causa tanto sintomas psicológicos quanto físicos, que nem sempre são facilmente reconhecidos. Assim, para identificar uma pessoa com depressão, segundo as orientações do Manual de Diagnósticos de Transtornos Mentais (DSM V), é necessário observar os seguintes sinais e sintomas:

Humor deprimido, e/ou
Perda de interesse ou prazer para as atividades do dia-a-dia, que são persistentes e surgem em todos ou quase todos os dias.

 


Além disso, a pessoa deve apresentar pelo menos 3 ou 4 de outros possíveis sintomas, como:

*Perda ou ganho de peso acentuado sem estar em dieta;
*Aumento ou diminuição de apetite;
*Insônia ou excesso de sono;
*Agitação ou lentificação;
*Fadiga e perda de energia;
*Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou inadequada;
*Indecisão ou capacidade diminuída de pensar ou concentrar-se;
*Pensamentos de morte recorrentes, vontade de morrer, assim como tentativa ou planejamento de suicídio.

Na depressão, estes sintomas devem estar presentes nas últimas 2 semanas, e não devem ser justificados por outras causas, como outras síndromes psiquiátricas, como esquizofrenia ou transtorno bipolar, por exemplo, ou por efeito de doenças físicas. Para saber reconhecer melhor os sinais de uma pessoa deprimida confira os sintomas de depressão.

Assim, caso haja suspeita desta doença, a melhor forma de confirmá-la é consultando-se com o clínico geral ou psiquiatra, para que seja feita uma avaliação minuciosa que poderá confirmar a depressão e orientar um tratamento adequado, que inclui o uso de antidepressivos e a realização de sessões de psicoterapia.

 

Como reconhecer a depressão em diferentes fases da vida

 


1. Depressão na infância
A depressão nas crianças pode ser mais difícil de reconhecer, pois elas nem sempre conseguem demonstrar de forma clara os seus sentimentos. Alguns dos sinais apresentados incluem falta de vontade para brincar, fazer xixi na cama, queixas frequentes de cansaço, agressividade ou dificuldades no aprendizado, por exemplo.

Caso haja sintomas de tristeza ou alterações no comportamento na criança, é importante que haja uma avaliação do pediatra, psicólogo ou psiquiatra infantil, que poderão avaliar de forma mais específica o quadro clínico, e confirmar se há realmente depressão ou outro tipo alteração, como ansiedade ou hiperatividade, por exemplo. Confira as orientações da pediatra para identificar os sintomas e o que fazer se há suspeita de depressão infantil. 

2. Depressão na adolescência
Alterações do comportamento e do humor são comuns na adolescência, pois é uma fase de importantes alterações hormonais, além de ser um período em que começam a surgir maiores cobranças e dúvidas. Entretanto, é importante saber reconhecer sinais que podem indicar depressão, pois esta situação pode trazer consequências graves para a vida do adolescente, como como abuso de drogas, de álcool e, até, suicídio.

Alguns sinais que indicam a depressão nesta fase podem ser tristeza, irritabilidade constante, falhas de memória, falta de auto-estima e sentimento de inutilidade, entretanto é muito importante a avaliação médica para confirmar as causas destes sintomas. Entenda melhor sobre os sintomas de depressão na adolescência e o que fazer em caso de suspeita.

 

3. Depressão na gravidez ou pós-parto
A depressão na gravidez ou no pós-parto podem surgir em pessoas predispostas a esta doença, já que é um período de muitas cobranças, dúvidas e incertezas. 

Também é importante lembrar que as variações de humor neste período são normais, que resultam de alterações dos níveis hormonais que a mulher apresenta. Porém, se o humor deprimido é persistente e dura por mais de 2 semanas, a mulher deve conversar com seu obstetra, psicólogo ou psiquiatra para avaliar a situação e verificar se pode estar com depressão. 

Entenda mais sobre o que causa, como identificar e as consequências a depressão na gravidez e a depressão pós parto, com as orientações da obstetra.

 

4. Depressão no idoso
A depressão no idosos também podem apresentar sinais mais difíceis de reconhecer, pois muitas pessoas podem achar que a apatia ou a falta de vontade para realizar atividades são "comuns da idade", o que não é verdade. 

Sempre que o idoso apresentar alterações do comportamento ou do humor, é indicado que haja uma consulta com o geriatra, psiquiatra ou neurologista, pois eles podem não só indicar depressão, mas também podem ser sinais de outras doenças perigosas, como demência, hipotireoidismo ou Parkinson, por exemplo. 

Além disso, a depressão deve ser tratada assim que identificada, pois pode trazer consequências graves à saúde do idoso, como perda da autonomia para realizar atividades, alterações da memória, isolamento social, além de favorecer a piora de doenças. Para tratar a depressão do idoso, o médico poderá indicar uso de medicamentos antidepressivos, como Citalopram, Sertralina ou Nortriptilina, por exemplo, assim como a realização de psicoterapia.

A família também tem papel fundamental para ajudar na estimulação do bem estar do idoso, fazendo companhia, propondo atividades de interação social e incentivo à atividade física, fatores importantes para prevenir e tratar a depressão.

Créditos: Tua Saúde

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