02/08/2019
Como Identificar e Tratar a Raiva Humana

A raiva é uma doença onde o sistema nervoso central fica comprometido e pode levar à morte em 5 a 7 dias, se a doença não for devidamente tratada. Essa doença pode ser curada quando a pessoa procura ajuda médica logo que é mordida por um animal infectado ou quando surgem os sintomas.

O agente etiológico da raiva é o vírus rábico que pertence à ordem Mononegavirales, família Rhabdoviridae e gênero Lyssavirus. Os animais que podem transmitir raiva aos humanos são principalmente cães e gatos raivosos, todos os animais de sangue quente também podem ser infectados e transmitir ao homem. Alguns exemplos são os morcegos que consomem sangue, animais de produção, saguis, cachorro do mato, raposa, guaxinim e macacos, por exemplo. 

 

 

Sintomas da raiva 
Os sintomas da raiva em humanos começam aproximadamente 45 dias após a mordida do animal contaminado.

Os primeiros sintomas são: 

mal estar,
pequeno aumento de temperatura,
perda do apetite,
dor de cabeça,
náuseas,
dor de garganta,
cansaço, 
irritabilidade,
inquietude,
sensação de angustia,
podem ocorrer sensação de grande dor ou de anestesia nos locais próximos ao local da mordida do animal.


À medida que a infecção progride, surgem outros sintomas como: 

ansiedade, febre, delírios,
espasmos musculares involuntários, generalizados, convulsões,
espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua, além de salivação intensa. 
surge paralisia, levando a dificuldade respiratória,
retenção urinaria e obstipação intestinal.
Normalmente a pessoa intercala momentos de consciência e inconsciência, até entrar em coma. A morte pode chegar em até 7 dias, se o tratamento não for iniciado. 

Já os sintomas da raiva nos cães, gato ou outros animais incluem um comportamento furioso, já os animais noturnos podem aparecer durante o dia e não demonstrar o medo habitual frente aos seres humanos.

 

 

Transmissão da raiva humana
A transmissão da raiva acontece através da mordedura de um animal contaminado porque o vírus encontra-se na saliva do animal e penetra na corrente sanguínea do homem, chegando até o cérebro. O vírus também se espalha pelos órgãos e glândulas salivares, sendo eliminado pela saliva da pessoa contaminada. 

Prevenção da raiva humana 
A melhor forma de se proteger da raiva é vacinar todos os cães e gatos com a vacina antirrábica, porque assim, mesmo que seja mordido por um destes animais, como estes não ficarão contaminado, a pessoa, se mordida, não ficará doente.

Outras medidas de prevenção são evitar o contato com animais de rua, abandonados e o contato com animais silvestres, mesmo que estes ainda não apresentem sintomas de raiva, já que os sintomas podem demorar semanas ou meses para se manifestar. 

O que fazer se for mordido por animal com raiva 
Os sinais de que um animal está com raiva são salivação excessiva e comportamento agressivo. Quando uma pessoa é mordida por um animal que apresenta sintomas de raiva, deve ir ao pronto-socorro o mais rápido possível. Também é importante lavar a ferida com água fria e sabão e aplicar álcool iodado, povidine ou clorexidina, além do soro antirrábico diretamente na ferida. Veja o que fazer após mordida de cão ou gato.

Quando não se sabe se o animal estava contaminado, ainda deve ir ao pronto-socorro para que os médicos e enfermeiros avaliem a necessidade de tomar a vacina antirrábica e a vacina do tétano imediatamente.

Tratamento da raiva em humanos
O tratamento da raiva em humanos deve ser feito em meio hospitalar, dentro da UTI. Dependendo da gravidade, o indivíduo deverá ser mantido em isolamento, em sedação profunda e respirando por aparelhos. Durante o internamento a pessoa precisa ser alimentada com sonda nasoenteral, deverá permanecer com sonda vesical e estar tomando soro pela veia. 

Quando a raiva é confirmada são indicados remédios como Amantadina e Biopterina, mas outros remédios que podem ser usados são Midazolan, Fentanil, Nimodipina, Heparina e Ranitidina para evitar maiores complicações.

Para observar se a pessoa está melhorando são realizados diversos exames para controlar os níveis de sódio, gasometria arterial, magnésio, zinco, T4 e TSH, além do exame do líquor, Doppler craniano, ressonância magnética e tomografia computadorizada.

Após a confirmação da completa eliminação do vírus do organismo, através de exames o indivíduo poderá ter alta.

Créditos: Tua Saúde

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