Um bebê de dois meses foi encaminhado com ferimentos moderados ao Hospital do Trabalhador após ser agredido pelo próprio pai, na madrugada desta quinta-feira (12), no bairro Ganchinho, em Curitiba. A avó do menino e mãe do suspeito, Célia Gomes da Silva, contou que estava em um velório quando, por volta das 7 horas, soube da agressão.
“Dormi no velório, então a mãe do meu neto chegou dizendo que meu filho mataria o bebê. Vim correndo para cá e quando cheguei ele estava com o bebê no colo perguntando dela. Fui entrar na casa, ele disse que se eu entrasse levaria uma facada. Mesmo assim entrei, então ele saiu correndo com meu neto”, descreveu Célia à Banda B.
O pai, um jovem de 26 anos, saiu com a criança no colo. Enquanto ele subia pela rua Aristocleto Taborda Portella, uma viatura da Polícia Militar (PM) descia. “A sorte que quando ele subiu a polícia virou a esquina, já correu atrás. Estava com meu neto no colo e a policial pediu para entregar a criança. O outro PM pegou no ombro dele, mas ele soltou a camisa e correu”, explicou a avó.
A criança foi resgatada, mas o pai conseguiu fugir. A avó ainda contou que o neto estava com vários hematomas. “Pelo que ela me disse, ele pegava a ponta da faca e descia na cabeça do bebê. Estava todo roxo, o rosto machucado, a orelha estava rasgada. Jamais imaginei que meu filho faria isso. Tenho três filhos e criei eles, nunca bati assim. Eu achei muita crueldade que ele fez com o próprio filho”, lamentou.
A motivação, segundo a mãe do suspeito, seria drogas e brigas entre o casal. “É por causa de droga. Ele bate nela. Semana retrasada, a polícia veio aqui e levou os dois, mas aqui ela disse uma coisa, na delegacia falou outra. Ela desmentiu, ele veio pra casa e olha o que aconteceu. É daqui para pior. Brigam e descontaram na criança”, disse.
A avó ainda disse que vai lutar para conseguir ficar com o neto. “Ela cuida da criança mas não tem condições de dar o sustento. Tem dois filhos, nunca trabalhou em nada fixo. Se for para meu neto ficar nessa situação, eu prefiro lutar para ficar com ele”, completou.
A criança foi socorrida pelo Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência) e o Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes, o Nucria, investigará o caso.
Créditos: CGN - Por Maycon Corazza - Foto:Reprodução