28/01/2020
Escorpiões: Onde são encontrados, alimentação, reprodução, ferrão e toxinas

O escorpião é um dos animais terrestres invertebrados mais antigos da Terra, entre os animais vivos. Seu exoesqueleto permitiu explorar o ambiente terrestre. Os escorpiões são invertebrados artrópodes, da classe dos aracnídeos e da ordem Scorpiones.

Onde são encontrados
Estes animais são em torno de 2000 espécies espalhadas pelo mundo, menos na Antártida. Apesar de algumas espécies se adaptarem nos climas mais intensos (próximo a 0° ou 50°), a maior parte delas prefere temperaturas entre 20° e 40°.

Passam o dia escondidos em lugares escuros, entre frestas, ou debaixo de pedras, folhas e troncos, ou enterrados na areia no deserto. São comuns em lugares com entulhos, que possuem madeira, materiais para construção, sendo mais ativos à noite, quando forrageiam e comem. No Brasil, há em torno de 140 espécies descritas.

 

 

Alimentação
São carnívoros e predam insetos e aranhas, principalmente, mas podem predar animais maiores, até mesmo pequenos vertebrados. Por ter a visão pouco eficiente, esse animal desenvolveu ao longo da evolução cerdas sensoriais que ajudam na identificação dos movimentos e vibrações a sua volta. Além disso, pode detectar quimicamente a presença de outros animais. Pode passar meses em jejum, a digestão é quase externa, uma vez que depositam enzimas digestivas na presa, depois corta os pedaços, mas não ingere nada sólido, apenas a parte líquida. O canibalismo é comum para estes animais.

Reprodução
Durante a reprodução há uma espécie de dança do acasalamento, que machos e fêmeas se unem pelas pinças girando. Após a cópula é comum o canibalismo, a fêmea come o macho. A maioria das espécies é ovovivípara (filhotes se desenvolvem dentro da mãe, em ovos que lá eclodem), mas algumas são vivíparas (possuem uma espécie de membrana equivalente a uma placenta). Após o nascimento, os filhotes andam no dorso (costas) da mãe até sua primeira troca de pele, quando conseguem se alimentar sozinhos. A longevidade depende da espécie, em torno de 5 anos de idade, mas há registros de mais de 20 anos em algumas espécies. A maturidade sexual ocorre depois do primeiro ano. O interessante é que existem algumas espécies que fazem a partenogênese, sem a necessidade de um macho para fecundar.  São predados naturalmente por animais maiores, como aves, cobras, aranhas, etc.

 

Ferrão e toxinas
No fim da cauda do escorpião existe um segmento chamado telson e as glândulas de veneno, é o chamado ferrão. Seu veneno contém substâncias neurotóxicas, enzimas, histaminas, entre outras. Todos os escorpiões produzem substâncias tóxicas, mas menos de 30 espécies podem causar a morte em humanos.

No Brasil, as duas espécies mais comuns em acidente são o escorpião amarelo (Tityus serrulatus) e escorpião preto (Tityus bahiensis). A picada de um escorpião causa muita dor local, febre, sudorese, dispneia e pode levar a óbito, principalmente crianças e idosos. Em caso de picada, lavar com água e sabão, manter a região em repouso e procurar um posto de saúde com urgência, para que receba o soro que neutralizará a toxina. Dependendo da quantidade de veneno inoculada, o caso se torna mais grave. Nunca faça torniquete no local onde houver picada de um animal.

Referências:
Brusca, Richard C.; Brusca, Gary J. (2007). Invertebrados. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 693–694 p.

Créditos: InfoEscola - Por Yanna Dias Costa - Foto: Reprodução

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