A situação da dengue na cidade de Realeza é considerada preocupante, de acordo com o Setor de Vigilância em Saúde, ligado à Secretaria Municipal de Saúde. E para contribuir com o combate ao mosquito Aedes Aegypti, que também é transmissor da Zika e da Chikungunya, professores e estudantes da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Realeza participaram do Arrastão de Limpeza contra da Dengue, promovido pela Prefeitura. A ação também contou com o trabalho dos agentes municipais de saúde, integrantes de entidades e da população em geral.
O arrastão teve início nesta sexta-feira (6) e também será realizado no sábado (7), sendo o objetivo recolher diferentes materiais que acumulam água, como potes, garrafas, pneus, entre outros objetos. Os voluntários e agentes municipais também orientaram a população para verificarem calhas e ralos, bem como a descartarem qualquer material que possa contribuir na proliferação do mosquito. "Acreditamos que a comunidade acadêmica da UFFS, assim como os moradores da região devem se engajarem nessa luta, pois é uma questão de cidadania e saúde pública", destacou a professora Bárbara Grace Tobaldini de Lima.
Para colaborar com a campanha, na UFFS também foram fixados cartazes de orientação à comunidade acadêmica, ressaltando a importância de realizar a destinação correta do lixo e atenção redobrada ao armazenar objetos que possam acumular água. A iniciativa foi realizada pela Equipe Multiprofissional Extensão Realeza do Subsistema Integrado de Atenção à Saúde do Servidor (SIASS).
Segundo o Boletim Epidemiológico emitido pelo Setor de Vigilância em Saúde de Realeza, o município tem 17 casos positivos para dengue, porém o número pode aumentar, já que são aguardados os resultados de outros exames. O maior número de casos concentra-se na região central da cidade, também há confirmação de casos nos bairros Cazaca, Nossa Senhora Aparecida, São José e Centro Cívico, e na área rural de Alto Boa Vista. O número de notificações está em 89. Não foram registrados casos de Zika e Chikungunya.
A coordenadora do Setor de Vigilância em Saúde, a bióloga Camila Eduarda Viana, ressaltou que a Realeza está passando por epidemia de dengue, assim como o estado do Paraná que possui 44.441 casos confirmados da doença e 113.488 casos notificados, conforme boletim divulgado na terça-feira (3). "O que mais nos preocupa é que temos dois sorotipos circulando no município, o tipo 1 e 2". A dengue tem quatro sorotipos conhecidos, que vão de 1 a 4, sendo que os casos graves da doença são mais comuns em quem já foi acometido por um desses agentes infecciosos anteriormente.
A iniciativa do arrastão foi uma das ações imediatas para diminuir os focos de proliferação do mosquito, mas a Vigilância em Saúde também está traçando outras estratégias para combater o Aedes Aegypti. "Realizamos o trabalho de educação permanente nas escolas municipais e estaduais, assim como ações cotidianas de orientação feitas pelos Agentes de Combate às Endemias. Já solicitamos a Secretaria Estadual de Saúde o uso do fumacê, mas a prioridade são os municípios mais atingidos pela dengue, e também aguardamos o envio de veneno para aplicação por meio de nebulizadores costais", detalhou Viana.
Legendas:
40: Setor de Vigilância em Saúde de Realeza confirmou que o município tem 17 casos positivos para dengue / (UFFS/Ariel Tavares)
102: Arrastão teve início nesta sexta-feira (6) e também será realizado no sábado (7)/ (UFFS/Ariel Tavares)
Créditos: Ariel Tavares | Jornalista (MTB/PR 6501) Assessoria de Comunicação | UFFS - Campus Realeza