Depois do decreto do presidente Jair Bolsonaro de incluir atividades de salões de beleza, barbearias e academias de esportes na lista de "serviços essenciais", o Governo do Paraná, informou, nesta terça-feira (12), que não vai seguir novas diretrizes sobre serviços essenciais durante pandemia.
Em nota, a administração estadual disse que a curva de contaminação do novo coronavírus segue crescendo e que especialistas vão avaliar a reabertura de atividades econômicas após ampliação de testes na população. O estado do Paraná é governado por Ratinho Júnior (PSD).
Ainda que o governo federal estabeleça quais atividades podem continuar em meio à pandemia, o Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu que cabe aos estados e municípios o poder de estabelecer políticas de saúde – inclusive questões de quarentena e a classificação dos serviços essenciais.
O decreto do governo federal foi publicado em uma edição extra do "Diário Oficial da União" no fim da tarde de segunda (11). Com essa inclusão, o número de atividades consideradas essenciais chegou a 57.
Em entrevista à Rádio Jovem Pan, no início da tarde desta terça-feira, o governador do Paraná afirmou que o decreto estadual sobre o fechamento de serviços foi de teor orientativo e destacou que há protocolos diferentes, considerando o tamanho das cidades.
"Não tinha lógica em fazer um decreto universal, onde uma cidade de cinco mil habitantes tivesse as mesmas orientações do que Curitiba, Londrina, Cascavel, Ponta Grossa. Todas as preocupações com shoppings, igrejas, nós estamos estudando junto com o Lacen", disse.
Ratinho Júnior também destacou que as decisões tomadas pelo governo estadual têm sido embasadas pela análise do número de testes da Covid-19 e pelo acompanhamento do número de UTIs disponíveis.
"Não posso liberar de repente tudo porque, daqui a pouco, não vamos suportar com as UTIs (...) Nós temos conseguido acertar nas medidas mas não temos a formula mágica. Cada líder tem um perfil de trabalho", afirmou o governador.
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