19/08/2020
Frente fria poderá danificar trigo, pastagens e plantações de hortaliças e frutas

A Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento acompanha com atenção a situação, já que a possibilidade de geada traz problemas para as lavouras, principalmente em culturas de inverno, como trigo e pastagens, a nas plantações de hortaliças e frutas.

 

 

Por causa da estiagem que se estende há cerca de um ano, o clima na primeira quinzena de agosto já tinha sido ruim para o setor, explica o engenheiro agrônomo Hugo Godinho, do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura. “Estamos acompanhando as previsões e torcendo para que o frio seja realmente menos intenso nos próximos dias”, diz.

A produção de trigo é a que mais preocupa, porque a maior parte das plantas semeadas estão em processo de florescimento ou de enchimento dos grãos, fases mais suscetíveis à geada, perdendo o potencial produtivo. Quase dois terços da área plantada no Estado, que chega 1,13 milhão de hectares, estão nessas fases.

Nas lavouras atuais, 14% do trigo que foi plantado estão em processo de maturação, com produtividade já garantida, e 23% em desenvolvimento vegetativo, que aguenta o frio mais intenso. “Pelo menos dois terços de toda a área cultivada são suscetíveis à geada, que pode levar boa parte da produção. Com relação ao trigo maduro, a preocupação é com as chuvas, que atrapalham as colheitas”, explica Godinho.

Outra cultura que preocupa é a do feijão, cujo plantio inicia agora. Se a geada matar o que já está germinando, será necessário replantar a leguminosa. A boa notícia é que apenas 1% das lavouras de feijão começaram a ser plantadas. Nas áreas cultivadas de milho que ainda estão em maturação – que são minoria, já que 67% da área plantada neste período já foram colhidas –podem ser afetadas caso haja geada.

Já na fruticultura e na produção de hortaliças, também suscetíveis ao frio intenso, algumas medidas podem mitigar as perdas. “Nesses casos, é possível cobrir ou irrigar as plantas antes da geada. A irrigação possibilita a formação de uma camada de gelo que não faz com que o tecido morra. Pode ter alguma queima, mas não perde tudo. E a plastificação também é recomendada”, orienta o agrônomo.

 

Créditos: A Voz de Realeza / Com informações Governo do Estado do Paraná- (Foto: Reprodução)

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