O secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto, afirmou nesta terça-feira (6) que a volta às aulas presenciais será feita a partir de um plano-piloto que deve entrar em ação no dia 19 de outubro. Segundo ele, ainda restam detalhes a serem definidos nos próximos dias no comitê montado pelo governo estadual para tratar sobre o tema.
“A ideia é termos um plano-piloto de retorno às aulas em algumas áreas do Paraná com menos casos de incidência e óbitos. Isso vamos fechar nos próximos dias com a possibilidade de retorno a partir do dia 19 de outubro nessas áreas. Claro que com rodízio de alunos, respeitando tudo aquilo que implica distanciamento social, medidas de cautela e lavagem das mãos”, disse Beto Preto durante a sessão da Alep (Assembleia Legislativa do Paraná).
É praticamente certo que haverá um retorno escalonado e em apenas algumas regiões que ainda serão oficializadas. Também deverá ter mais discussões se o retorno se dará em escolas públicas e privadas na mesma data, o que é defendido pelo secretário da Saúde.
Por fim, Beto Preto ainda destacou o trabalho em conjunto com a Secretaria da Educação. Segundo ele, as decisões eram tomadas a partir dos dados técnicos sobre o coronavírus. “A volta às aulas depende da tomada de decisão, muitas vezes, administrativa e política. Aqui no Paraná temos feito o trabalho técnico-epidemiológico andar junto com a questão administrativa. Em todo esse processo, o secretário Renato Feder sempre se colocou preparado para metodologia de retorno às aulas esperando a decisão mais apropriada da área de Saúde para a data”, completa Beto Preto.
Conforme o último boletim da Sesa, o Paraná tem mais de 182 mil infectados 4.575 mortes causados por covid-19.
PARANÁ ESTÁ ALERTA COM NOVA SÍNDROME
Apesar da volta às aulas no Paraná estar próxima, o secretário Beto Preto afirmou que o governo estadual está atento a uma síndrome inflamatória que passou a constar na literatura mundial.
“Quero me ater a um relato de casos. Existe uma síndrome inflamatória em crianças, caráter grave, que vem sendo desenvolvida secundária ao coronavírus. Já temos onze notificações no Paraná, três crianças paranaenses foram a óbito, o que é importante frisar. Não sei se na região Sul ou no Brasil já passam de 50 notificações”, pontua Beto Preto.
“Desde o início da pandemia, tem a ideia que a criança é mais assintomática e age como um vetor de transmissão para outros indivíduos. Esse é um ponto que vem mudando nos últimos 90 dias com essa entrada dessa síndrome inflamatória grave em vários órgãos e que vem sendo descrita na literatura mundial”, completou.
Tanto o governo estadual quanto os municípios estão alertando sobre uma eventual epidemia após o fim da pandemia de coronavírus. Nesse contexto, as autoridades ressaltam a importância da vacinação.
Créditos: Paraná Portal - (Foto: Reprodução Alep)