A vazão do Rio Iguaçu próximo das Cataratas, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, chegou a 303 mil litros por segundo, nesta terça-feira (3), conforme a Companhia Paranaense de Energia (Copel).
O volume de água considerado normal é cinco vezes maior, com 1,5 milhão de litros.
Em 2020, a vazão nas Cataratas chegou ao volume normal em apenas quatro meses, conforme o monitoramento hidrológico da Copel.
A menor vazão deste ano foi registrada em abril, com 259 mil litros de água por segundo.
(Imagem tirada em abril de 2020)
Motivos
De acordo com o engenheiro de recursos hídricos da Copel, Anderson Nascimento de Araújo, a baixa vazão tem ocorrido por dois motivos. Um deles é a seca histórica que atinge o Paraná em 2020 e está relacionada ao fenômeno La Niña.
Outro motivo é a estratégia adotada pelas usinas hidrelétricas construídas ao longo do Rio Iguaçu.
Das seis usinas hidrelétricas no rio, o principal reservatório é de Foz do Areia, que está com 3,8% da capacidade. Para produzir energia, as usinas têm estocado água e diminuído a geração nos fins de semana.
Imagem atual das cataratas:
"O que pode ser feito para recuperar esses níveis é o que está sendo feito: minimizar a geração das usinas e esperar que chegue chuva para encher logo os reservatórios. Essas são as únicas formas da gente recuperar o volume d'água nos reservatórios", explicou.
Paisagem
As Cataratas o Iguaçu contam com duzentos e oitenta saltos no Parque Nacional do Iguaçu. Com a baixa vazão, os paredões de pedra tem chamado atenção dos turistas.
"A gente esperava ver aqui uma torrente de água como a gente vê nos filmes, nas fotografias. De modo que, de certa forma, foi bem decepcionante", disse o visitante Roberto Monteiro da Silva.
Por segurança, a empresa que opera passeios de barco no Rio Iguaçu está com as atividades suspensas desde domingo (1º), para evitar os riscos que as pedras expostas oferecem aos navegantes.
Créditos: Por RPC Foz do Iguaçu e G1 PR- (Foto: RPC)