O prefeito de Francisco Beltrão, Cleber Fontana (PSDB), surpreendeu a população ao publicar um texto, domingo, 10, em suas redes sociais, afirmando ter assinado, em 23 de dezembro, um “protocolo de compra das vacinas” contra a Covid-19.
“Muitas pessoas têm me perguntado sobre toda essa questão das vacinas, penso que o ministério da saúde deva enviar a todos os estados, e por consequência todos os municípios, a vacina, afinal sempre foi assim, há décadas o SUS repassa as vacinas aos municípios e esses, através dos servidores municipais, fazem as campanhas de vacinação, muitas vezes com auxílio de entidades como o Rotary, por exemplo”, escreveu.
“Mesmo acreditando que isso tudo vai dar certo, assinei em 23/12/20 um protocolo de compra das vacinas, afinal não podemos correr nenhum risco. Tomara que não seja necessário nós comprarmos, mas, caso necessite, temos a reserva feita, os valores provisionados e tudo preparado pra iniciar assim que autorizadas as vacinas”, completou Cleber.
Ontem, ao Jornal de Beltrão, ele confirmou a assinatura de um termo de adesão junto ao Instituto Butantan, de São Paulo, que está produzindo a CoronaVac, para compra de 40 mil doses do imunizante.
No entanto, o prefeito acrescentou que foi uma ação de prevenção, porque até o Natal o Ministério da Saúde não havia mostrado iniciativas concretas sobre um plano nacional de imunização.
“Nós começamos a ficar preocupados. Nos últimos dias, deu uma clareada, a gente viu que o Ministério da Saúde tem intenção de distribuir as vacinas. Foi uma ação de prevenção, de precaução, para evitar ficar sem, esperando o Governo Federal e começar em São Paulo, por exemplo, e não chegar para nós aqui”, comentou.
Com isso, Cleber acrescentou que a compra está praticamente descartada e o município seguirá o plano nacional.
Vacinação simultânea
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou ontem que a vacinação terá início simultâneo em todas as unidades da federação, “no dia D e na hora H”. O ministro não deu data específica, mas disse que os brasileiros estarão sendo vacinados “três a quatro dias” após a aprovação do uso emergencial de qualquer vacina pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na sexta-feira, 8, a Anvisa recebeu o pedido de autorização temporária de uso emergencial, em caráter experimental, da vacina CoronaVac. A solicitação foi feita pelo Instituto Butantan, que conduz os estudos da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela empresa Sinovac no Brasil.
Em um panorama mais curto, a vacinação poderá começar até 20 de janeiro, segundo Pazuello, caso haja liberação rápida da Anvisa. Nessa hipótese, já há 6 milhões de doses da CoronaVac importadas pelo Instituto Butantan disponíveis para uso. *Com informações da Agência Brasil.
Créditos: Jornal de Beltrão - Aline Leonardo Foto: Reprodução