Motivada pelo amor que sente por sua companheira inseparável, uma adolescente, de 16 anos, resolveu preparar um chá de bebê para celebrar a primeira gestação de sua égua, chamada Estrela, e também fazer uma sessão de fotos.
Letícia Gonçalves mora em Maringá, no norte do Paraná. Panos e flores enfeitaram a "mamãe" de 1ª viagem, que também foi mimada com ração, aveia, feno, goiaba e sal mineral.
"Ela [a égua] me dá tanto amor, me dá tanta alegria, que não custava presentear ela. Fiz também umas fotos legais com ela e foi super na brincadeira, foi para guardar o momento mesmo. A gente está muito feliz. Na verdade, a gente já é feliz por ter ela em nossas vidas, ainda mais com um potrinho aí", disse a menina.
A festa para o animal ocorreu na cidade vizinha, em Paiçandu, no domingo (14), e teve a presença de familiares e amigos.
A menina comentou que a ideia era fazer um evento maior e "convidar" mais cavalos para participarem, mas devido à pandemia da Covid-19 o chá foi mais restrito.
Por não saber ainda o sexo do filhote, Letícia e os pais providenciaram tecidos rosa e azul para enrolar na égua durante o evento.
"Ela se comportou muito bem o tempo todo, para fazer as fotos também. Ela é super mansa e dócil", revelou.
Segundo a garota, Estrela é uma mistura das raças Mangalarga e Quarto de Milha, tem cerca de 10 anos e está com a família há sete anos.
"O cavalo que engravidou a égua era do meu tio, aí eu ganhei dele, e ele [cavalo] fica lá no sitio onde eu deixo a Estrela. Se o potro for macho vai ser o Jack, e se for fêmea vai ser a Dama", comentou Letícia.
Expectativa para chegada do 'bebê'
A gestação de uma égua dura, em média, onze meses, e Estrela já está próxima do momento do parto.
"Não aguento mais esperar. Estou torcendo para que seja na semana que vem porque dia 1° de março é o meu aniversário. Além disso, dia 28 é lua cheia e diz que na virada de lua é que sempre nasce. Se der certo, vai ser um presentão para mim", comentou Letícia.
A menina ainda contou que quando a égua atingiu o sexto mês de gestação, ela já não montava mais para não pesar e nem machucar a Estrela e o filhote.
"Tem o potrinho na barriga, aí tem a cela, a manta, então pesa muito e é perigoso para ela. Durante uns quatro meses depois que nascer o bebê, eu não vou andar com ela também porque temos que deixar ela se recuperar, dar uma alimentação mais reforçada", explicou.
Pensando no grande dia, Letícia e a família já se organizam para tentar ver o novo membro nascer.
"Se a gente conseguir acompanhar, vou ajudar ela no parto. Mas, sempre nasce durante a noite, então eu acho que a gente vai acabar nem vendo. Estamos ansiosos", concluiu.
Créditos: Por Natalia Filippin e Wesley Bischoff, G1 PR