A Polícia Militar prendeu o homem, de 36 anos, suspeito de agredir e matar a filha, de um ano e dois meses, no Bairro Santo Antônio, em Montes Claros. A criança foi encontrada morta dentro de casa na manhã dessa terça-feira (6) e tinha hematomas na região do abdômen. O homem fugiu em um mototáxi e foi localizado no Bairro Monte Carmelo durante a noite; as buscas contaram com cães farejadores da Rocca e a aeronave da PM.
“Policiais descaracterizados percorreram a região e, em dado momento, agentes se depararam com ele caminhando numa via pública. Foi dada voz de prisão, ele chegou a reagir e, por isso, foi necessário usar técnicas de imobilização para prendê-lo”, disse a tenente Leidiane Caldeira.
Segundo a PM, o homem teve apoio de familiares para se esconder após o crime e três pessoas foram detidas por atrapalharem as buscas. Ele nega que tenha agredido a filha, culpa a mãe da menina, e diz que fugiu porque tinha problemas com a justiça. A polícia suspeita que a mãe foi conivente e ela também foi detida.
“A mãe da menina, de 28 anos, foi detida para prestar esclarecimentos, uma vez que estava na casa no momento dos fatos e afirma que não presenciou as supostas agressões, que ela acredita terem sido praticadas pelo esposo”, diz a nota enviada pela PM.
A mulher contou aos policiais que, durante a madrugada, trocou a fralda da filha e deu mamadeira a ela. Já durante a manhã, foi acordada pelo avô paterno, que mora no mesmo lote, e apontava para a filha dela, dizendo que a menina estava morta.
“A genitora saiu para a rua com a criança no colo e pediu que chamassem a polícia, porque a filha dela estava realmente morta. A mãe, o pai, a vítima e três irmãos pequenos dela dormiam na mesma cama. Um dos irmãos, de quatro anos, contou aos policiais que viu o papai bater na irmãzinha e ele mesmo já havia apanhado anteriormente”, pontuou a tenente Leidiane.
Ainda de acordo com a polícia, o casal tinha antecedentes criminais. Os detidos foram conduzidos à delegacia e a Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar o caso.
O G1 não conseguiu contato com a defesa do casal. Se algum advogado se manifestar, esta reportagem poderá ser atualizada.
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