Faltando 12 dias para o Dia dos Pais, José Amadeus de Vargas já recebeu o presente antecipado, a alta da UTI do filho Eduardo Gabriel de Vargas, 13 anos na Uopeccan de Cascavel. Desde janeiro de 2021, após a descoberta do diagnóstico de Linfoma de Hodgkin, a família que é de Pérola do Oeste, a 136 km de Cascavel teve que mudar a rotina em tempo integral e se dedicar para acompanhar o tratamento do menino. "No início, ele não tinha nenhum sintoma. Até que um certo dia, meu filho caiu e bateu o tórax, as dores começaram aparecer. Foram feitos vários exames, onde constatou o câncer", destacou José.
Eduardo começou o tratamento e teve complicações causadas pela covid-19, sendo transferido para UTI. De acordo com o enfermeiro, Delmiro Becker, uma corrente do bem foi feita pelos profissionais da saúde. "Foi um desafio muito grande, para nossa equipe por ele ser jovem. Cada plantão que víamos ele lutando pela vida renascia em nós a fé e a esperança. Tudo isso nos mostra que trabalhar na UTI precisa ter um coração, que se deixa quebrantar nas pequenas vitórias dos pacientes", afirmou o enfermeiro.
O jovem guerreiro ficou conhecido como 'leão', por causa da sua bravura e resistência, apelido concedido pela equipe, a enfermeira, Estefany Bahnert conta como foi acompanhar essa evolução. "Ver ele saindo pela porta da UTI tão bem foi extremamente gratificante para todos, uma verdadeira lição para nós. Nos faz lembrar que para trabalhar na área da saúde é preciso sempre acreditar", finalizou.
Na última sexta-feira (23), após 47 dias de internação na UTI finalmente Eduardo recebeu alta e foi levado para o quarto. Mas antes, ele foi surpreendido pela equipe multidisciplinar com cartazes escritos: "Edu, você é muito amado" e "Parabéns por ter vencido mais uma etapa da vida. Seja muito Feliz".
O pai de Eduardo, José Amadeus de Vargas, conta que jamais perdeu a fé e a esperança, crendo na recuperação do seu filho. "Não tenho palavras para agradecer, foi um renascimento. Ele é mais que um milagre, agora está mais perto de voltar para casa".
Durante a entrevista, Eduardo estava ao lado do pai ouvindo a conversa, porém não podia falar por conta da traqueostomia, as lágrimas caíram em seu rosto expressando gratidão por ter mais uma chance de viver.
Créditos: UOPECCAN