Atualizado em 16/09/2021
Com drones, startup vai de Realeza aos Estados Unidos

Fundada em Realeza (Sudoeste) em 2017, a startup Geo-X vem conquistando clientes em todo o Paraná e até no exterior. A empresa tem foco em georreferenciamento por meio de drones e recentemente foi convidada a integrar o Biopark, empreendimento privado de Toledo (Oeste). Entre os clientes nacionais, estão a Caixa Econômica Federal e a Universidade Estadual de Londrina (UEL).

“A gente vem se dedicando ao sensoriamento remoto por meio da inteligência artificial”, afirma o engenheiro civil Fernando Shimata Ghiraldi, fundador e CBO (Chief Business Officer) da startup. Os drones são utilizados para montagem de bases de dados dos clientes. “Depois, entra a TI, com a criação de softwares ou outras soluções digitais, que extraem informações dessas bases de dados”, conta.

Prefeituras e conselhos profissionais de arquitetos e engenheiros são os principais clientes do empreendimento. “Fazemos levantamento de um bairro, por exemplo, estratificando as obras novas que estão ocorrendo, criando um caminho para fiscalização tanto para prefeituras como para conselhos”, explica.

 

 

Em 2018, a empresa prestou serviços para UEL, utilizando os drones para planejamento de duas obras, uma na área de medicina veterinária e outra na biblioteca. A região é uma área de interesse da startup. “Temos um engenheiro fazendo vendas para a Geo-X em Londrina.”

Já no ano de sua criação, o empreendimento de Realeza foi finalista do Desafio Paraná de Startups, promovido pelo Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae/PR). “Estamos crescendo cerca de 300% ao ano”, revela Ghiraldi. Mas o negócio ainda se encontra em fase de investimentos. “Por um acordo nosso, reinvestimos 100%”, afirma o CLO (Chief Legal Officer), José Domingos Moreira Neto.

Para novos projetos de expansão, os fundadores começam a pensar em buscar recursos fora. “A gente está preparando a empresa para, em dois anos, começar a procurar investidores. Até hoje não precisamos de dinheiro externo”, explica ele.

A entrada no Biopark, localizado a 130 kms de Realeza, é considerada um passo muito importante para a empresa. “Diferentemente dos outros parques tecnológico, o Biopark é privado. E tem um ambiente de negócio de alto nível, com empresas estrangeiras, dos Estados Unidos, Chile, Uruguai, Argentina e Canadá”, ressalta Moreira Neto.

Toledo conta com uma lei de incentivo fiscal, que deve ajudar nos negócios da Geo-X. “Além disso, encontramos no Biopark um ambiente muito favorável, com mentorias com excelentes profissionais”, diz Ghiraldi.

LÁ FORA

A pandemia do novo coronavírus deu uma congelada num projeto que a empresa paranaense está desenvolvendo na Alemanha. Em 2019, os drones da Geo-X fizeram um inventário dos racks de uma indústria automotiva alemã espalhados nas empresas terceirizadas. “O cliente queria um inventário diário desses racks. Se não tiver onde colocar os motores, a fábrica tem de parar de fabricá-los”, explica Ghiraldi. “Queriam um drone em cada parceiro para fazer esse levantamento.”

Os drones da startup passaram seis meses voando na Alemanha. “Por meio de algoritmos de inteligência artificial, os drones reconhecem esses itens e fazem a contagem automática.” A Geo-X desenvolveu uma solução com 95% de precisão. “Esperamos a pandemia acabar de vez para retomarmos o projeto.”

Outro trabalho desenvolvido pela startup de Realeza no exterior foi nos Estados Unidos, em parceria com a Airspace. Trata-se da All-Clear, plataforma automatizada que ajuda a combater a covid-19. O sistema utiliza a fusão de sensores, inteligência artificial e machine learning (máquinas capazes de aprender sozinhas, com análise de grandes volumes de dados). E trabalha em integração com qualquer tipo de câmera, seja térmica, fixa ou em drone.

EQUIPE

O terceiro fundador da Geo-X é o engenheiro eletrônico Aislan Gomide Foina, que mora na Califórnia, nos Estados Unidos, e exerce a função de CEO. A engenheira civil Bruna Louise Cazali Zuttion se juntou ao grupo de sócios mais recentemente e atua como COO (Chief Operating Officer).

Créditos: Nelson Bortolin - Futurista Info e Trends Foto: Divulgação - Fernando Shimata Ghiraldi e parte da frota da startup

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