O governo de Singapura anunciou que vai acabar com o atendimento gratuito de quem não se vacinar contra a Covid-19 "por opção", em meio a um aumento de casos na cidade-estado do sul da Ásia que tem cerca de 5,5 milhões de habitantes.
Autoridades de saúde do país dizem que os não vacinados são "uma maioria considerável daqueles que requerem cuidados intensivos de internação e contribuem de forma desproporcional para o desgaste de nossos recursos de saúde".
Para o ministro da Saúde, cobrar os pacientes com Covid-19 que tinham a opção de serem vacinados e não o fizeram "enviará um sinal importante" à população. A cobrança começará em 8 de dezembro.
Atualmente, o governo cobre todos os custos médicos relacionados ao vírus de todos os cidadãos, de residentes permanentes e de quem tem visto de longa duração — exceto se a pessoa testar positivo logo após voltar do exterior.
O governo vai continuar pagando os custos de quem não é elegível a receber a vacina (as crianças mais novas, por exemplo) e os parcialmente vacinados até 31 de dezembro, dando tempo para que recebam a segunda dose.
A cidade-estado asiática tem uma das maiores taxas de vacinação contra a Covid-19 do mundo, com 86% da população totalmente vacinada e apenas 1% com ao menos uma dose (a média mundial é de 40% da população imunizada e 11% com a vacinação incompleta).
Com cerca de 5,5 milhões de habitantes, Singapura tem registrado uma média de 2,8 mil casos e 12 mortes por Covid-19 por dia. Desde o início da pandemia, foram 220 mil infectados e 511 óbitos.
Créditos: G1 - Foto: G1