18/11/2021
Homem em surto ameaça invadir creche e causa medo

Funcionários, pais e alunos de uma creche no município de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, foram surpreendidos por um homem que teria ameaçado invadir a unidade no início da tarde desta quarta-feira (17). O caso aconteceu no bairro Pinheirinho, por volta do meio-dia.

O suspeito de 42 anos chegou ao local em um GM/Celta, que ficou estacionado ao lado da unidade de ensino na rua Marechal Cândido Rondon. Sem camisa e bastante alterado, segundo testemunhas, o homem fez ameaças de entrar no CEIM (Centro Educacional Infantil Municipal) e “matar os filhos dele.”

 

 

Assustados com a movimentação, alguns pais e funcionários do Centro Educacional acionaram a PM (Polícia Militar). Conforme o Boletim de Ocorrência, o homem foi abordado e buscas foram feitas no carro e no suspeito, mas nada de ilícito foi identificado. 

“Foi constatado visível estado de embriaguez e possível transtorno psicológico no homem”, diz o documento. A ocorrência foi registrada às 13h15.
O mecânico Alexandre Roberto Panegali, de 42 anos, estacionou a sua caminhonete próxima do carro do suspeito para deixar a filha de 6 anos na creche e presenciou as ameaças, por volta das 12h45. 

“Me assustei, peguei a minha filha e subi a rua. Falei com a diretora para chamar a polícia e ela disse que já havia chamado ao meio-dia quando viu que homem estava rondado a escola”, contou ao ND+.

 

Bastante nervosa, a mãe de uma aluna de 5 anos acompanhava apreensiva a movimentação. “De longe a gente não ouvia, mas uma mãe se aproximou do carro dele e ouviu ele falando que iria matar, falava o tempo todo”, relatou a mulher que não quis ser identificada. “Ele falava: ‘abre a porta que vou matar meus filhos’. Ficamos na insegurança por não saber se os filhos dele estavam na creche, se ele ia entrar na escola ou qual era a intenção dele”, detalhou.

Um dos pais chegou na escola assustado e chorando. Ele saiu do bairro Seminário preocupado com o que estava acontecendo na creche, pois a filha estuda na instituição.

O Corpo de Bombeiros e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionados pela Polícia Militar, mas não tinham ambulâncias disponíveis para atendimento no momento. Os policiais, então, conduziram o homem à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) onde foi medicado e ficou em observação médica. O veículo foi fechado e deixado no local.

A polícia não confirmou se o homem tem filhos e se eles estavam na creche, bem como se havia a intenção de invadir o local. De acordo com a Polícia Militar, o suspeito tem 24 boletins de antecedentes criminais, os principais por ameaça, posse de drogas, violência doméstica e injúria.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação disse que em nenhum momento ele tentou entrar na escola e que, desde o início do ano, as escolas aumentaram as medidas de segurança.

“A Secretaria de Educação de Chapecó e a Diretoria de Segurança Pública esclarecem que, em relação a um homem que foi detido na tarde desta quarta-feira, próximo ao CEIM Brincar e Crescer, localizado no bairro Presidente Médici, em nenhum momento ele tentou entrar na escola. De acordo com a Guarda Municipal, que esteve no local, a pessoa estava gritando, visivelmente embriagada e foi encaminhada pela Polícia Militar, para atendimento na UPA 24h. Informa ainda que, desde o início do ano, as escolas receberam orientações de segurança e também a Guarda Municipal tem realizado patrulhas nas unidades educacionais.”
Demora da Polícia Militar 

Os pais dos alunos se revoltaram com a demora do atendimento da Polícia Militar. “A gestora da escola nos avisou que estava chamando a polícia desde o meio-dia. Era 12h40 quando eu cheguei aqui e não tinha nenhuma viatura. Liguei para a Guarda Municipal 13h08 e 13h12 eles chegaram aqui”, comentou uma mãe.

O Boletim de Ocorrência diz que a ocorrência foi atendida às 13h15. O Major Antônio Rafael da Silva, da Polícia Militar, explicou que a primeira ligação não informava a gravidade da ocorrência, por isso, ficou na fila de espera para atendimento. Um segundo chamado teria detalhado as ameaças.

“A CRE gerou [a ocorrência] que, a princípio, não tinha gravidade, por isso deu essa demora até a chegada [dos policiai]. Eles entenderam que, a princípio, não era grave”, explicou.

Créditos: Oeste em Foco - Foto: Reprodução

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