A partir da próxima terça (1), já estaremos em fevereiro, mês em que o Ministério da Saúde prevê o pico da onda de Ômicron. Considerando que a recomendação é estar preparado, vale levantar olhares para dados revelados recentemente pelo projeto Zoe COVID Symptom Study, que concluem que a dor de garganta é o sintoma mais comum da variante.
O projeto britânico se conentra em registrar o que sentem as pessoas infectadas pela covid-19, e até o fim de dezembro, 57% das pessoas com Ômicron relataram dor de garganta. A análise não encontrou diferenças muito claras entre os sintomas dessa variante com a Delta, de modo que apenas 50% das pessoas teve os três sintomas clássicos de febre, tosse ou perda de olfato e paladar.
O relatório aponta que a perda de olfato e paladar se tornou menos comum: o sintoma estava entre os 10 principais no início de 2021, e agora já se encontra em 17º lugar, atingindo apenas um em cada cinco pacientes.
De acordo com os responsáveis pelo projeto Zoe, embora a Ômicron possa parecer mais um resfriado para muitas pessoas, a cepa ainda pode hospitalizar, matar ou deixar sintomas de longo prazo. Além disso, o fato de a Ômicron ser muito mais infecciosa do que o Delta significa que pode se espalhar mais rapidamente.
"É importante conhecer e reconhecer todos os sintomas da Ômicron. Dor de garganta, coriza, dor de cabeça e fadiga podem indicar covid-19. Se você estiver com algum sintoma, faça o teste e isole até obter o resultado. Isso ajudará a impedir a propagação", afirmam os cientistas da Zoe.
Dor de garganta: o sintoma mais comum da Ômicron
Cientistas vêm apontando que a variante tem maior probabilidade de infectar a garganta do que os pulmões. Enquanto isso, um estudo preliminar publicado na plataforma MedRxiv no último dia 19 sugere que, em uma pessoa infectada pela Ômicron, a carga viral atinge o pico na saliva um a dois dias antes de atingir o pico na área do nariz.
O CDC (órgão de saúde dos EUA) orienta algumas maneiras de se sentir melhor quando está com dor de garganta, como chupar pastilhas, fazer gargarejo com água morna e sal, tomar bastante líquido e usar mel para aliviar o desconforto. Além disso, podem ser usados medicamentos anti-inflamatórios, corticoide nasal e oral.
Sintomas da Ômicron
Os sintomas que acompanham a cepa podem levar de dois a 15 dias após a exposição ao vírus para surgir. Os mais comuns são:
Dor de garganta
Dores musculares ou no corpo
Dor de cabeça
Cansaço extremo
Febre
Calafrios
Tosse
Falta de ar
Congestão nasal ou coriza
Náusea ou vômito
Diarreia
Perda de paladar ou olfato
Créditos: Zoe COVID Study (1,2), CDC, MedRxiv Foto: Reprodução