15/03/2022
Rússia intensifica bombardeios a cidades portuárias do sul da Ucrânia e a Kiev

A Rússia intensificou os bombardeios à capital da Ucrânia e a cidades portuárias no sul do país. É o que informam, da Polônia, os enviados especiais Rodrigo Carvalho, Ernani Lemos e Ross Salinas.
A população de Mariupol está sofrendo um golpe atrás do outro. Imagens de drone mostraram novos ataques à importante cidade portuária, que está cercada pelos russos há dias.
Na semana passada, um bombardeiro destruiu uma maternidade. Uma grávida foi retirada com ferimentos; o estado dela era grave. Nesta segunda-feira (14), os médicos disseram que chegaram a fazer uma cesárea, mas que o bebê foi retirado sem vida. Trinta minutos depois, a mãe morreu.

Deveria haver em Mariupol um corredor humanitário para saída de civis, mas é difícil pegar a estrada por causa dos bombardeios. Nesta segunda, 160 carros conseguiram deixar a cidade.

Em outro porto, o de Odessa, no Mar Negro, os moradores fizeram um mutirão para recolher areia da praia para usar em barricadas. Um fotógrafo diz que ali não tem soldado.

 


 

"Trabalhamos aqui porque quem não sabe matar, faz o que pode", afirma.
 
Na segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv, dois civis morreram no ataque a um prédio.
Uma bomba caiu em Donetsk, na área controlada por separatistas e que teve a independência reconhecida pela Rússia. Os dois lados trocaram acusações.
O porta-voz do Exército russo disse que 20 civis morreram e que o disparo saiu do lado ucraniano. Além disso, afirmou que a bomba era de fragmentação, um tipo proibido por convenções internacionais não assinadas nem pela Rússia nem pela Ucrânia.
Os ucranianos negaram e acusaram a Rússia de inventar ataques para tentar justificar a guerra.
O porta-voz do Kremlin também disse que os ucranianos estariam posicionando armamentos em áreas residenciais. Dmitry Peskov afirmou que os militares russos podem assumir o controle total dos grandes centros populacionais para garantir a segurança dos civis ucranianos.

A guerra vai entrar no 20º dia nesta terça-feira (15). O que as pessoas que estão vivendo esse inferno na Ucrânia e as que estão fugindo para os países vizinhos do Leste Europeu querem saber é quando isso vai acabar. Uma quarta rodada de negociações começou nesta segunda, virtualmente, mas, de novo, não deu em nada. Foi suspensa até esta terça.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a destruição econômica da Ucrânia está entre os objetivos da Rússia. Zelensky pediu, nesta segunda, ao Parlamento ucraniano que prorrogue por um mês a lei marcial, que altera as regras de funcionamento de um país, deixando de lado as leis civis e colocando em vigor leis militares.
Também nesta segunda, o jornalista britânico Benjamin Hall, da TV americana Fox News, foi ferido nos arredores de Kiev. Ele teve que ir para o hospital.
A capital ucraniana segue tensa. Como milhões de pessoas fizeram nesta segunda, em vários lugares do mundo, um homem foi passear no parque de manhã e olhou para o céu: era um foguete. O ataque foi em frente a um prédio residencial em Kiev.

"Essa é a guerra de Vladimir Putin contra a Ucrânia," disse o prefeito Vitali Klitschko em vídeo.
 
Um morador conta que quando foi fugir, a escada para descer não estava mais lá. Ele e a mãe tiveram que escapar pela sacada do prédio ao lado. Uma pessoa morreu.

Créditos: G1

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