Uma misteriosa onda de casos de hepatite em crianças tem deixado pais em estado de alerta no Reino Unido. Os chefes de saúde não têm ideia do que levou dezenas de crianças a serem atingidas pela doença inflamatória do fígado. Até agora, foram contabilizados cerca de 60 casos no país, todos afetando crianças com menos de 10 anos, segundo uma reportagem do jornal britânico "Daily Mail!.
De acordo com o portal O Globo, na Escócia 11 crianças também contraíram a doença. Dessas, as que ficaram hospitalizadas tinham idade entre um e cinco anos. As hepatites A a E, cinco tipos comuns de infecções virais que causam a doença, não foram detectados em nenhum dos casos.
A diretora de infecções clínicas e emergentes da Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA), Meera Chand, disse que as “investigações para uma ampla gama de causas potenciais estão em andamento, incluindo possíveis ligações a doenças infecciosas”.
“Estamos trabalhando com parceiros para aumentar a conscientização entre os profissionais de saúde, para que quaisquer outras crianças que possam ser afetadas possam ser identificadas precocemente e os testes apropriados realizados”, afirmou Meera.
A icterícia, pele com uma coloração amarela que é mais facilmente vista no branco dos olhos, é um dos sintomas da doença e, os pais estão sendo orientados a entrarem em contato com um profissional de saúde assim que perceberem anormalidades. Outros sinais podem ser urina escura, fezes de cor cinza pálida e coceira na pele. As pessoas infectadas também podem sofrer dores musculares e articulares, febre e cansaço.
Quando a hepatite é transmitida por um vírus, geralmente é causada pelo consumo de alimentos e bebidas contaminados com as fezes de uma pessoa infectada ou pelo contato sexual ou por meio de sangue.
Nicholas Phin, diretor de saúde pública da organização, disse que a investigação está em seus estágios iniciais. “Se você tem um filho que mostra sinais de icterícia, onde a pele tem uma coloração amarela e é mais facilmente vista no branco dos olhos, os pais devem entrar em contato com seu médico ou outro profissional de saúde. Continuamos a investigar esses casos e forneceremos mais atualizações à medida que estiverem disponíveis”, afirmou Phin.
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